Bolsas avançam com expectativa de alívio na guerra entre Rússia e Ucrânia

A Rússia disse, mais cedo, que tomará medidas para desescalar o conflito e reduzir as chamadas operações militares

Por

Bloomberg Línea — As perspectivas de recuo na guerra na Ucrânia aumentaram o apetite por risco na sessão desta terça-feira (29). A Rússia disse, mais cedo, que tomará medidas para desescalar o conflito e reduzir as chamadas operações militares. Há ainda a expectativa de um encontro entre o líder russo, Vladimir Putin, e o ucraniano Volodymyr Zelenskiy.

Os negociadores ucranianos disseram que há terreno suficiente nas negociações para realizar uma reunião entre Putin e Zelenskiy depois de encerrar as discussões na Turquia nesta terça-feira.

Os principais índices acionários globais pegam carona na indicação de alívio e avançam.

  • O Ibovespa (IBOV) subia 1,10% às 10h55, a 120.006 pontos
  • Papéis da Petrobras (PETR4) (PETR3), da Magazine Luiza (MGLU3) e de aéreas eram destaques de alta
  • O dólar caía 0,50%, a R$ 4,74, assim como os vencimentos dos DIs. O juro para janeiro de 2023 recuava de 12,730% para 12,660%
  • Nos EUA, o Dow Jones subia 0,76%, o S&P 500, 0,74%, e o Nasdaq, 1,23%

Contexto

As ações globais subiram das mínimas alcançadas depois que a Rússia invadiu a Ucrânia. A resiliência contrasta com a queda dos títulos e a inversão das curvas de juros, que abalam a confiança econômica. Investidores estão tentando analisar os desdobramentos da guerra, os custos elevados das commodities e a luta do Federal Reserve e demais bancos centrais do mundo contra as pressões de preços.

Enquanto sinais de divisões estratégicas estão surgindo dentro das fileiras da Otan e os EUA planejam apertar os parafusos de sanção à Rússia, o país fez um pagamento de juros de US$ 102 milhões enquanto continua a servir seus títulos estrangeiros. A Rússia se ofereceu para recomprar a dívida em dólar com vencimento na próxima semana por rublos, sem indicar quanto do Eurobond de US$ 2 bilhões ela poderia recomprar.

Leia também

Sócio de Jade Picon e Gkay, empresário de 21 anos não quer holofotes

A estratégia que levou milhares de consumidores às ruas por um relógio da Swatch