Bloomberg Línea — O mercado financeiro voltou a elevar suas projeções para a inflação este ano, pela 11ª semana consecutiva, desta vez de 6,59% para 6,86%. As estimativas para 2023 também subiram, pela terceira semana, de 3,75% para 3,80%. Os dados constam no relatório Focus, divulgado pelo Banco Central na manhã desta segunda-feira (28).
O movimento acontece em meio à forte alta dos preços, pressionada ainda pela guerra na Ucrânia, com aumento nos preços de commodities como trigo e petróleo.
Em março, o IPCA-15, considerado uma prévia da inflação oficial do país, teve alta de 0,95%, recuando levemente em relação aos 0,99% registrados no mês anterior com maior impacto do setor de Alimentação e Bebidas. O dado, contudo, é o maior para o mês desde 2015, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No ano, o indicador acumula alta de 2,54% e, em 12 meses, de 10,79%.
Confira os principais pontos de projeção do Focus desta semana:
Para 2022
- Alta de 6,86% da inflação, contra 6,59% na semana passada (11º aumento consecutivo);
- Crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,50%;
- Dólar a R$ 5,25, contra R$ 5,30 na última semana;
- Taxa Selic em 13% ao ano;
Para 2023
- Inflação de 3,80%, contra 3,75% anteriormente (3º aumento consecutivo);
- Crescimento do PIB de 1,30%;
- Dólar a R$ 5,20, ante R$ 5,22;
- Taxa Selic em 9% ao ano;
Para 2024
- Inflação de 3,20%, contra 3,15% no último levantamento;
- Crescimento do PIB de 2%;
- Dólar a R$ 5,20;
- Taxa Selic em 7,50% ao ano.
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