Cervejarias batem em retirada da Rússia e Heineken vende unidade

Empresa ainda mantém operações no país para minimizar risco de nacionalização e garante que funcionários serão pagos até o final do ano

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Bloomberg — A Heineiken planeja vender seu negócio na Rússia e sair do país juntamente com as cervejarias que estão em debandada após invasão à Ucrânia.

A cervejaria holandesa disse na segunda-feira (28) que não espera lucros com a venda e espera prejuízos e despesas não monetárias de 400 milhões de euros (US$ 438 milhões). As ações caíam até 2.2%.

As cervejarias foram o setor mais recente a deixar a Rússia, seguindo os passos das petrolíferas e fabricantes de cigarros. A Carlsberg, maior cervejaria da Rússia, está analisando um leque de opções estratégicas para sua unidade Baltika Breweries porque o governo pode confiscar os ativos.

A Heineken havia suspendido a venda de sua principal marca de cervejas na Rússia e interrompido todos os investimentos e exportações para o país, que tem um mercado de cerveja de US$ 16 bilhões. No entanto, a empresa disse que continua as operações na Rússia para minimizar o risco de nacionalização e garantirá que os funcionários do país recebam salário até o final do ano.

A Carlsberg pode enfrentar mais pressão para sair após a mudança da Heineken, embora tenha um negócio maior, disse Mads Rosendal, analista do Danske Bank.

A Anheuser-Busch InBev, fabricante da Budweiser, se comprometeu a abrir mão de qualquer lucro proveniente das operações na Rússia, onde tem uma joint venture com a turca Anadolu Efes.

--Com a colaboração de Cagan Koc, Thomas Buckley e Christian Wienberg.

--Este texto foi traduzido por Bianca Carlos, localization specialist da Bloomberg Línea.

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