São Paulo — A Gol decidiu aumentar em 30% sua oferta de voos e assentos conectando Rio de Janeiro e São Paulo, a chamada ponte aérea. Segundo o site da companhia aérea, a tarifa de cada trecho entre o Aeroporto Santos Dumont (SDU) e o Aeroporto de Congonhas (CGH) está para este sábado (26), comprando um dia antes, em R$ 2.664,96, podendo chegar a R$ 2.955,96, dependendo do horário do voo e do dia do bilhete.
Concorrente da Gol, a Latam também explora a ponte aérea. Na rota Rio de Janeiro/Santos Dumont-São Paulo/Congonhas, nas sextas-feiras, passam uma média de 3 mil passageiros, em 14 voos com duração de até 1h05, segundo a Latam. Segundo o site da Latam, um voo entre SP e RJ tem uma tarifa de R$ 2.402,07, mais barato do que a oferecida pela Gol para este fim de semana.
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A expansão das operações da Gol entre as duas maiores capitais do país começa a partir deste domingo (27). Serão 16 operações diárias conectando o Rio de Janeiro a São Paulo, com 2.848 assentos em cada sentido, contra as 12 por dia que estavam sendo feitas pela Gol nas últimas semanas.
No 1º trimestre de 2022, 55% da oferta de voos no Rio de Janeiro (tanto no RIOgaleão quanto no Santos Dumont) foi provida pela Gol, informou a companhia, em comunicado divulgado nesta sexta-feira (25).
Com o fortalecimento da ponte aérea Rio-São Paulo em 2022, a Gol diz que chega à sua maior capacidade para uma baixa temporada desde 2020, assim passando de 2 mil voos pousando e decolando no Rio de Janeiro todos os meses. Isso representa um aumento de 70% de capacidade, em comparação com a malha de um ano antes na capital fluminense.
Embarque facial biométrico
Além do reforço dos voos da Gol, a ponte aérea entre os aeroportos de Congonhas e Santos Dumont contará a partir de julho com uma novidade para os passageiros e tripulantes. No mês passado, a Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) e o Serpro, empresa de tecnologia do governo federal, assinaram um acordo de cooperação técnica para implantar de forma definitiva o embarque facial biométrico 100% digital na ponte aérea.
A tecnologia dispensa a apresentação de documentos de identificação no momento de acesso à sala de embarque e aeronaves. O objetivo é tornar mais eficiente, ágil e seguro o processamento de passageiros e tripulantes, segundo o Ministério da Infraestrutura.
De outubro de 2020 a janeiro deste ano, mais de 6,2 mil passageiros participaram da fase de testes do programa, realizada em sete aeroportos do país. Entre pilotos e comissários de bordo, quase 200 profissionais avaliaram o embarque biométrico em Congonhas e no Santos Dumont, de novembro de 2021 a janeiro deste ano, segundo a pasta.
Agora, com a assinatura do acordo de cooperação, tem início a adoção dessa tecnologia na ponte aérea de maior movimento do Brasil - a quinta do mundo em fluxo de voos. Durante os 18 meses de vigência da cooperação, a Infraero, que administra Congonhas e Santos Dumont, deve adquirir os equipamentos necessários à instalação e funcionamento do sistema de reconhecimento biométrico desenvolvido pelo Serpro.
Na cooperação, caberá à empresa de tecnologia do governo federal prover a solução de validação de identidades por meio de seu sistema (motor de validação). Ambas as instituições deverão designar servidores para acompanhar, gerenciar e administrar a execução do plano de trabalho, bem como elaborar, em conjunto, relatório de cumprimento do objeto no fim da execução do acordo.
O cronograma de trabalho prevê a realização de licitação para aquisição dos dispositivos biométricos. Entre o prazo de recebimento das propostas, passando pela análise das empresas interessadas, homologação e testes, a implantação final está prevista para julho próximo.
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