Bloomberg Línea — O dólar (USD-BLR) manteve o movimento de baixa na tarde desta sexta, voltando a testar o nível de R$ 4,77 como no dia anterior, seguindo a tendência internacional favorável às moedas emergentes e ligadas a commodities. Já o Ibovespa (IBOV) teve um dia de forte oscilação e era negociado estável no meio da tarde seguindo o movimento das bolsas americanas.
- O dólar era negociado a R$ 4,7618, com baixa de 1,2% às 15h25 (horário de Brasília);
- O Ibovespa marcava 119.044 pontos, estável;
- Nos EUA, o Dow Jones (INDU) subia 0,2%, enquanto o S&P 500 tinha alta de 0,2% e o Nasdaq 100 (NDX) caía 0,3;
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, voltou a repetir nesta sexta que o mais provável é que o ciclo de alta da Selic termine em maio.
O registro de inflação medido pelo IPCA-15, uma prévia do dado oficial cheio no fim do mês, surpreendeu até mesmo os mais pessimistas e superou as estimativas - o que leva o foco, mais uma vez, para as movimentações do Banco Central.
Contexto
O IPCA-15 teve alta de 0,95% em março, recuando levemente em relação aos 0,99% registrados no mês anterior com maior impacto do setor de Alimentação e Bebidas. Conforme divulgação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (25), nos últimos 12 meses, o indicador acumula alta de 10,79% e de 2,54% no ano.
Conforme Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos, “estruturalmente, com um IPCA-15 acumulado em 12 meses de 10,8% não tem como afirmar que a divulgação foi benigna”. “Mas é fundamental apontar que o avanço dos núcleos olhados pelo BC perdeu ímpeto”, completou.
“Para o IPCA fechado do mês deveremos permanecer com perspectiva ao redor de 1,0% ao passo que itens relevantes que variação repetida vieram mais fracos e apostamos em uma repetição da taxa de perfumes para o fechamento do mês. Muito em breve mandaremos nossa curva atualizada. O ano deverá permanecer em 5,9%.”
No exterior, os investidores continuam a lidar com as ramificações da invasão e isolamento da Rússia, incluindo custos elevados de matérias-primas que alimentaram expectativas de inflação mais alta e aumentos mais agressivos das taxas de juros do Federal Reserve. Partes-chave da curva de juros do Tesouro dos EUA continuam a se achatar ou estão invertidas. Isso está agitando o debate sobre se o mercado de títulos está sinalizando uma forte desaceleração econômica ou mesmo uma recessão à frente.
(atualizado às 15h29 com cotações mais recentes)
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