Bloomberg — O real estendeu seu rali mundial e atingiu o nível mais forte desde março de 2020, à medida que os estrangeiros se acumulavam nos ativos locais do país.
A moeda se valoriza 0,2% nesta quinta-feira, para R$ 4,8166 por dólar, a maior em mais de dois anos. A alta acumula 15,8% este ano, liderando os ganhos entre todas as principais moedas monitoradas pela Bloomberg.
Os ativos brasileiros vêm atraindo investidores de mercados emergentes, apesar do aumento da volatilidade global devido à sua exposição a commodities, altas taxas de juros e algum espaço fiscal, apesar do aumento dos gastos antes da eleição presidencial.
O real brasileiro ganhou força após ultrapassar o nível de R$ 4,8942 por dólar visto pela última vez em junho de 2021, o que desencadeou paradas em posições de baixa. A moeda agora não tem barreira técnica significativa até os R$ 4 por dólar, uma importante marca psicológica.
Investidores estrangeiros, que impulsionaram a alta do real nos dois primeiros meses do ano, estão retomando suas apostas otimistas depois de ficarem à margem por algumas semanas devido à guerra Rússia-Ucrânia. Os não residentes reduziram suas posições compradas em dólar por meio de derivativos em US$ 3,9 bilhões de dólares entre 14 e 23 de março, enquanto as ações locais atraíram US$ 1,6 bilhão na semana encerrada em 18 de março, quase quatro vezes a entrada da semana anterior, segundo dados da bolsa local B3.
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