Grupo de hackers Lapsus$ pode ter adolescente como líder

Grupo chegou a entrar em chamadas de Zoom de empresas invadidas, provocando funcionários e consultores que tentavam atenuar os ataques

Investigadores analisaram evidências dos ataques e informações públicas para ligar jovem ao grupo
Por William Turton e Jordan Robertson
24 de Março, 2022 | 02:55 PM

Bloomberg — Peritos de cibersegurança que investigam diversos ataques contra empresas de tecnologia como Microsoft (MSFT) e Nvidia (NVDA) chegaram a um jovem de 16 anos que mora na casa de sua mãe perto de Oxford, Inglaterra.

Quatro investigadores que escrutinam o grupo de hackers Lapsus$ para as empresas atacadas afirmaram acreditar que o adolescente seja o mentor do grupo.

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O Lapsus$ deixou especialistas em cibersegurança perplexos ao realizar em uma onda de ataques de alta visibilidade. A motivação ainda não está clara, mas alguns investigadores dizem acreditar que o grupo é motivado por dinheiro e notoriedade.

Os investigadores suspeitam que o adolescente esteja por trás de alguns dos principais ataques cibernéticos realizados pelo Lapsus$, mas não conseguiram vinculá-lo conclusivamente a todos os ataques reivindicados pelo grupo.

Os peritos usaram evidências forenses dos ataques, bem como informações publicamente disponíveis para vincular o adolescente ao grupo.

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A Bloomberg News não identificará o suposto hacker, conhecido online pelos pseudônimos “White” e “breachbase”, por este ser menor de idade e não ter sido acusado publicamente de qualquer irregularidade por autoridades policiais.

Outro integrante do Lapsus$ é suspeito de ser um adolescente residente no Brasil, segundo os investigadores. Uma pessoa que investiga o grupo disse que os investigadores identificaram sete contas únicas associadas ao grupo de hackers, indicando que provavelmente há outros envolvidos.

O adolescente é tão habilidoso (e rápido) que os investigadores inicialmente pensaram que o ataque observado era automatizado, disse outra pessoa envolvida na investigação.

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O Lapsus$ provocou publicamente suas vítimas, vazando seus códigos-fonte e documentos internos. Quando o Lapsus$ revelou que havia atacado a Okta (OKTA), a empresa teve uma crise de relações públicas. Em várias publicações em seu blog, a Okta divulgou que um engenheiro de um fornecedor teve seu sistema invadido, e que 2,5% de seus clientes podem ter sido afetados.

O Lapsus$ chegou até a entrar em chamadas de Zoom de empresas invadidas, provocando funcionários e consultores que tentavam atenuar os ataques, de acordo com três pessoas envolvidas nas respostas aos hacks.

A Microsoft, que confirmou ter sido hackeada pelo Lapsus$, disse em uma publicação em blog que o grupo embarcou em uma “campanha de engenharia social e extorsão em larga escala contra várias organizações.”

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O principal modus operandi do grupo é hackear empresas, roubar seus dados e exigir um resgate para não liberá-los. A Microsoft disse que o grupo recrutou com sucesso pessoas de dentro das empresas-alvo para ajudar em seus ataques.

O grupo sofre de baixa segurança operacional, de acordo com dois dos investigadores, permitindo que as empresas de segurança cibernética obtenham conhecimento íntimo sobre os hackers adolescentes.

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