Bloomberg Línea — O presidente Jair Bolsonaro (PL) esteve nesta quarta-feira (23) em Quixadá, no sertão do Ceará, e voltou a culpar os governadores pela crise econômica do país. Segundo ele, o “desemprego e a queda de renda” foram causados pelas políticas de isolamento social adotadas para enfrentar a pandemia, sob orientação da OMS (Organização Mundial da Saúde).
“Lamentamos os anos de 2020 e 2021, onde a pandemia se abateu sobre nós e a política equivocada e desastrosa de muitos governadores, sob o lema ‘fique em casa, a economia a gente vê depois’, trouxe desemprego perda de renda para muita gente”, disse o presidente. “O governo federal não fechou uma só casa de comércio.”
E continuou: “Eu fui certamente um dos raros chefes de Estado no mundo que adotou uma conduta diferente do que aqueles que defendiam o politicamente correto tomaram naquele momento”.
O Ceará é governado por Camilo Santana, do PT. Ele é candidato à reeleição e é o favorito nas pesquisas. Tem 71% das intenções de voto, segundo levantamento do instituo IFT.com.
Bolsonaro esteve no Ceará para inaugurar obras de abastecimento de água na região. No discurso, também voltou a atacar o PT, seu principal adversário nas eleições deste ano: “Cada vez mais, as cores verde e amarela são vistas pelos quatro cantos do nosso Brasil. Vamos deixando para trás aquela cor vermelha, a cor do comunismo, a cor do atraso e da corrupção”.
O presidente está atrás do ex-presidente Lula (PT) nas pesquisas. De acordo com a pesquisa BTG/FSB, divulgada na segunda-feira (20), Lula tem 43% das intenções de voto e Bolsonaro, 29%.
O Nordeste é a região onde o presidente enfrenta o maior desafio. Segundo a mesma pesquisa, o ex-presidente Lula tem 59% das intenções de voto. Bolsonaro tem 18%.