Petróleo apaga ganhos com mercado volátil focado nos próximos passos Europa

Investidores aguardam reunião entre líderes da União Europeia, que decidem sobre suspensão de petróleo russo

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Bloomberg — Os preços do petróleo apagaram os ganhos do início desta semana, de olho em uma possível proibição às importações de petróleo russo pela União Europeia, embora alguns membros-chave continuem se opondo a tal medida por enquanto.

Os futuros do Brent operavam abaixo de US$ 114 por barril, depois de chegarem a US$ 119. O chefe de política externa da UE, Josep Borrell, disse esperar que os líderes discutam - mas provavelmente ainda não aprovem - mais sanções contra a Rússia quando se reunirem em Bruxelas no final desta semana. Na Ucrânia, o presidente Volodymyr Zelenskiy disse na segunda-feira (21) que haverá um referendo no caso de qualquer acordo de paz com a Rússia.

O petróleo bruto tem sido extremamente volátil depois que um pico de quase US$ 140 minou a liquidez do mercado. Isso levou a um recuo acentuado, com oscilações intradiárias ainda frequentemente superiores a US$ 5. Há sinais de que os traders estão se afastando das oscilações de preços selvagens, restringindo suas participações em contratos futuros.

Há uma falta de consenso na UE - que já impôs uma série de sanções a Moscou - sobre a possibilidade de atacar o petróleo russo. A Alemanha depende das importações de petróleo da Rússia e até agora rejeitou uma proposta de embargo, enquanto a Hungria também é contra. Os líderes da UE devem se reunir na quinta-feira, e qualquer decisão precisaria ser acordada por todos os 27 estados.

“A incerteza em relação a uma possível proibição do petróleo da UE está mantendo os mercados tensos”, disse Hans Van Cleef, economista sênior de energia do ABN Amro. “Ainda assim, não há apoio suficiente para uma proibição do petróleo agora e provavelmente continuará difícil no futuro próximo.”

Preços do petróleo

  • O Brent para liquidação de maio caía 1,5%, para US$ 113,94 o barril às 6h27, horário de Brasília
  • O West Texas Intermediate para entrega em abril, que expira na terça-feira, recuava 2,2%, para US$ 109,70 na Bolsa Mercantil de Nova York.

O contrato de maio, que tem maior interesse em aberto e volume, caiu 1,8%, para US$ 108.

O chamado spread imediato do Brent - o diferencial entre seus dois contratos mais próximos - foi de US$ 3,72 o barril, um padrão de alta em que os preços imediatos são negociados acima dos mais distantes. Isso se compara com US$ 3,70 por barril na segunda-feira e apenas US$ 0,41 no início do ano.

O salto no petróleo está atiçando a inflação já elevada nas economias de todo o mundo, complicando a tarefa dos formuladores de políticas monetárias, incluindo o Federal Reserve. O presidente Jerome Powell disse na segunda-feira que o banco central dos EUA está preparado para aumentar as taxas de juros em meio ponto percentual em sua próxima reunião, se necessário.

Um aumento adicional do lado da demanda veio da China, já que Pequim disse que elevaria o apoio à economia, reiterando promessas anteriores. Em uma reunião do Conselho de Estado presidida pelo primeiro-ministro Li Keqiang, o gabinete pediu ferramentas monetárias para sustentar a expansão do crédito em um ritmo estável, enquanto as autoridades também prometeram manter políticas que possam apoiar o crescimento.

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