São Paulo — O leilão do projeto da Concessão do Parque Nacional do Iguaçu está marcado para ser realizado nesta terça-feira (22), na sede da B3, em São Paulo, a partir das 14h. Sairá vencedora a proposta do maior valor de outorga upfront, iniciando em R$ 83 milhões.
A nova concessão tem o potencial de duplicar o número de visitantes do parque no período de 30 anos da nova concessão, em razão das novas regras do contrato que preveem a expansão da área concessionada e a realização de investimentos capazes de aumentar a atratividade da visitação, segundo o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
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Em dezembro, o Ministério do Meio Ambiente, por meio da Secretaria de Áreas Protegidas e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), autorizou a publicação do Edital da Concessão do Parque Nacional do Iguaçu.
- O projeto de concessão do Parque Nacional de Iguaçu prevê investimentos de R$ 500 milhões em novas infraestruturas e outros R$ 3 bilhões na operação do parque durante o período da concessão
- Pelo projeto, o futuro concessionário, por exemplo, não poderá cobrar pelo ingresso valor além do estabelecido em contrato. Além disso, será possível estabelecer pacotes especiais para visitas de mais de um dia – o objetivo é incentivar a permanência do turista
- Moradores dos 13 municípios do entorno do parque terão desconto no ingresso e pagarão 20% do valor máximo previsto
- Foram também atendidas demandas das comunidades durante as fases de consulta e audiência pública. Entre elas, o aumento no valor que o concessionário deve investir em projetos socioambientais (de 5% para 6% da receita total)
Criado em 1939, o Parque Nacional do Iguaçu, com área de quase 200 mil hectares, é a maior reserva remanescente de Mata Atlântica da região. A principal atração turística do Parque são as Cataratas do Iguaçu, eleita uma das Sete Maravilhas da Natureza em 2011. O Parque também protege riquíssima biodiversidade da fauna e flora brasileiras, algumas delas ameaçadas de extinção como a onça-pintada e o jacaré de papo amarelo.
10 unidades
O BNDES e o ICMBIO firmaram contrato para estruturação de projetos voltados à concessão de dez unidades de conservação ambiental. Segundo o banco, a iniciativa vai revitalizar este conjunto de Parques e Florestas com o foco na preservação ambiental e no desenvolvimento do turismo sustentável.
A expectativa do BNDES é de que a visitação a essas unidades de conservação ultrapasse a marca de 2 milhões de pessoas ao ano, gerando empregos e renda para a população local.
O contrato assinado prevê a implementação de projetos nos parques nacionais de Brasília (DF), da Serra dos Órgãos (RJ), da Serra da Bocaina (SP), de Anavilhanas (AM), do Jaú (AM), da Serra da Canastra (MG), da Serra do Cipó (MG), de Caparaó (MG), além das florestas nacionais de Ipanema (SP) e de Brasília (DF).
Todos os dez parques e florestas estão na carteira do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) do governo federal, que busca a ampliação de oportunidades de investimento e a melhoria na infraestrutura dos serviços. Atualmente já existem 24 parques voltados à visitação com serviços concessionados no Brasil, sendo oito deles federais.
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