Bloomberg — A maior mineradora de diamantes brutos do Zimbábue considera que a invasão da Ucrânia pela Rússia provocou “consequências de longo alcance” para a indústria global de pedras preciosas, possivelmente aumentando a demanda por suas próprias pedras.
A russa Alrosa é a maior produtora de diamantes do mundo em volume em 30%, e a menor interrupção em sua capacidade de fornecimento afeta todo o mercado, de acordo com o CEO da Zimbabwe Consolidated Diamond, Mark Mabhudhu.
“Isso pode acabar criando uma lacuna de oferta que pode impulsionar a demanda por nosso produto, bem como o produto de outros players”, disse ele em entrevista na segunda-feira (21). “No entanto, não desejamos o pior, mas se isso acontecer, conseguiremos vender nossa produção”.
O país do sul da África tem como meta US$ 12 bilhões em receita proveniente da indústria de mineração até o ano que vem, e a estatal ZCDC planeja contribuir com US$ 1 bilhão desse valor, segundo Mabhudhu.
A empresa teve o “melhor ano” em 2021 após ultrapassar em 30% sua meta de 3 milhões de quilates, o que resultou em lucro pela primeira vez desde sua criação em 2015. A estatal produziu 2,3 milhões de quilates de diamantes em 2020.
“Para 2022, devemos não apenas atingir, mas superar a meta de produção de diamantes em mais de 40% em comparação à meta básica de 2021″, disse.
A ZCDC retomará os leilões de diamantes em abril após um hiato de oito meses como resultado da pandemia e espera compradores de Dubai, Israel, Índia e África do Sul, disse Mabhudhu.
“Temos gemas consideráveis para venda e o quantum final por venda é determinado em consulta com nossa agente de vendas, a Minerals Marketing do Zimbábue”, disse.
--Este texto foi traduzido por Bianca Carlos, localization specialist da Bloomberg Línea.
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