Bloomberg Línea — “Empreender no Brasil não é fácil” é a frase que grande parte dos empreendedores brasileiros reproduz. Principalmente em tempos de resquícios pandêmicos, inflação sustentada nas máximas e juros crescentes, essa conta fica ainda mais difícil de fechar. No entanto, em um país de dimensão continental, a realidade pode não ser a mesma em todos os lugares.
O ranking de 2022 do Índice de Cidades Empreendedoras da Escola Nacional de Administração Pública (Enap), com apoio da Endeavor, rede de apoio ao empreendedorismo, coloca a cidade de São Paulo (a mais populosa do país) na primeira posição como a melhor para empreender - nada surpreendente considerando o tamanho e a quantidade de empresas da cidade.
No entanto, é na sequência que ficam as surpresas: os destaques principais incluem cidades que estão fora do eixo Rio de Janeiro/São Paulo, os grandes centros de negócios do país, como Niterói, que ocupou a 11ª, acima da própria vizinha Rio, que ficou em 15º.
Florianópolis (SC), Curitiba (PR) e Vitória (ES) ocupam as primeiras posições após São Paulo, seguidas de Belo Horizonte (MG) e Porto Alegra (RS). Da sétima a nona colocação, mais três outsiders: São José dos Campos (SP), Osasco (SP) e Joinville (SC), com Cuiabá (MT) em 10º.
Dentre as cidades do Nordeste, a primeira a aparecer no ranking é Recife (PE), em 18º. Do Norte, é Manaus (AM), em 31º.
O ranking foi criado com o objetivo de analisar o ambiente de negócios das 100 cidades mais populosas do Brasil e mostra quais delas apresentam as condições mais propícias para o desenvolvimento do ecossistema empreendedor e por quê.
O índice, que foi lançado em 2014, analisa diversos desafios municipais, de acordo com a divulgação, como o tempo gasto em procedimentos necessários para abertura de novos negócios e a taxa de congestionamento em tribunais.
Veja a seguir o top sete (São Paulo e as cinco fora do eixo) das melhores cidades para empreender no Brasil:
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