Ether supera Bitcoin com otimismo sobre ‘atualização verde’ do Ethereum

Atualização ajudará a rede a consumir menos eletricidade e funcionar com mais eficiência.

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Bloomberg — [Atualiza com as cotações mais recentes -- 10h21, 22.03.2022]

O Ether (ETH) está superando seu rival mais conhecido Bitcoin (BTC) mais uma vez com o otimismo sobre uma atualização há muito esperada que promete reduzir a pegada de carbono do blockchain mais usado do mundo.

  • O Ether saltava até 4,8% nesta terça-feira (22) na Ásia, atingindo seu nível mais alto desde 17 de fevereiro e sendo negociado a US$ 3.043 às 1h38 de Brasília. O Bitcoin também se recuperou, subindo 4,9% e chegando a US$ 43.144

A última onda de valorização ocorre à medida que aumenta a expectativa aumenta para a maior atualização de software nos oito anos de história da Ethereum. Chamada de Merge e esperada para acontecer nos próximos meses, a atualização mudará a forma como as transações no Ethereum são ordenadas, ajudando a rede a consumir menos eletricidade e funcionar com mais eficiência.

Os desenvolvedores vêm prometendo a atualização há anos. O último teste deste software antes do Merge ser acionado começou em 15 de março e, após algumas falhas iniciais, como mensagens de erro, parece estar funcionando sem problemas.

“A Merge da ETH na ‘Kiln testnet’ fez com que a ETH superasse a performance do mercado”, disse Teong Hng, cofundador e CEO da Satori Research, com sede em Hong Kong. “É considerado um upgrade em termos de validações de transações no Ethereum. A Merge foi bem-sucedida sem grandes problemas relatados.”

Não apenas o novo software provavelmente tornará o Ethereum mais atraente para investidores ambientalmente conscientes, mas também poderá reduzir o fornecimento de Ether em circulação.

Após a Merge, a rede da Ethereum deixará de usar milhões de servidores poderosos chamados mineradores para ordenar transações no blockchain. Em vez disso, as pessoas poderão colocar seus Ethers em carteiras de staking especiais, que serão usadas para efetuar transações - um sistema chamado Proof of Stake. Os stakers não poderão retirar suas moedas pelo menos até outra atualização de software, esperada cerca de seis meses após a Merge.

Eles também serão menos propensos do que os mineradores a vender moedas recém-cunhadas que recebem como recompensa por serem stakers, pois não têm custos operacionais tão altos quanto os mineradores sedentos de energia, disse Kyle Samani, cofundador da Multicoin Capital. Após a Merge, o consumo de energia do Ethereum deve cair 99%.

Esperava-se que a Merge ocorresse meses atrás, mas foi adiada, pois os desenvolvedores do Ethereum trabalharam para garantir que tudo corra bem. Toda a economia Ethereum, incluindo US$ 349 milhões em Ether, além de bilhões em aplicativos de finanças descentralizadas e tokens não fungíveis dependem dela. A Ethereum Foundation planejou oficialmente que a Merge acontecesse no segundo trimestre de 2022, mas havia dito recentemente em um blog que o momento exato não foi determinado – um possível sinal de um pequeno atraso.

“Seria necessário um evento catastrófico para que isso não acontecesse este ano”, disse Tim Beiko, cientista da computação que coordena os desenvolvedores do Ethereum, à Bloomberg. Ainda assim, alguns mineradores esperam que a Merge seja adiada para o outono.

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