Bloomberg — Um avião Boeing (BA) 737-800NG da China Eastern Airlines Corp. (CEA) que transportava 132 pessoas, caiu na província de Guangxi, no sudoeste da China. Eram 123 passageiros e nove tripulantes.
De acordo com o FlightRadar24, o voo MU5735 da China Eastern estava viajando de Kunming para Guangzhou, e o rastreamento por radar mostra a aeronave descendo abruptamente. A China Eastern disse que suspenderá todos os seus jatos Boeing 737-800 a partir de terça-feira. Foi criada uma linha de atendimento telefônico de emergência para a família.
O presidente da China, Xi Jinping, pediu esforços de resgate após o acidente, informou a TV estatal. O site, o aplicativo móvel e algumas de suas plataformas de mídia social da China Eastern foram transformados em preto e branco em sinal de luto.
Vídeos de testemunhas oculares postados nas mídias sociais mostraram um incêndio florestal na encosta de uma montanha no que supostamente seria o local do acidente. A Televisão Central da China disse que o incêndio que foi desencadeado pelo acidente já foi apagado.
A fabricante de aviões americana está atualmente coletando mais informações sobre o acidente que aconteceu no sudoeste da China, informou a emissora estatal CCTV, citando funcionários da empresa.
O site, o aplicativo móvel e algumas de suas plataformas de mídia social da China Eastern ficaram em preto e branco em sinal de luto.
O acidente foi confirmado pela Administração de Aviação Civil da China, ou CAAC, que disse que havia 123 passageiros e nove tripulantes a bordo.
A China Eastern perdeu contato com a aeronave sobre a cidade de Wuzhou, disse a CAAC. O regulador disse que iniciou uma resposta de emergência e enviou um grupo de trabalho ao local.
Representantes da China Eastern e da Boeing não estavam imediatamente disponíveis para comentar à Bloomberg News.
O acidente na China Eastern chega em um momento ruim para a Boeing, que se prepara para a reentrada de seu 737 Max em serviço comercial no país, um lucrativo mercado de aviação. A Bloomberg News informou no início deste mês que a Boeing levou um Max para seu centro de conclusão e entrega em Zhoushan, China, pela primeira vez desde que o modelo recebeu a recertificação.
Entregas do Max
A China foi o primeiro grande mercado de aviação a paralisar o Max três anos atrás, após o segundo de dois acidentes fatais que mataram 346 pessoas no total, e um dos últimos a ver seu retorno. O mercado é tão grande que o plano da Boeing de aumentar ainda mais a produção depende da retomada das entregas para a China.
A aeronave envolvida no acidente de segunda-feira não era um jato Boeing Max de nova geração.
O 737-800 NG, ou Next Generation, faz parte da família Boeing de corredor único que precedeu o 737 Max. A partir de 2018, o NG teve um dos melhores recordes de segurança entre os jatos, com apenas oito acidentes fatais em mais de 7.000 vendidos, segundo dados compilados pela Boeing na época.
De acordo com o site da Aviation Safety Network, este é o primeiro acidente fatal envolvendo um jato 737-800 desde 8 de janeiro de 2020. O jato da China Eastern envolvido tinha seis anos, de acordo com o FlightRadar.
O último grande incidente na China Eastern foi em junho de 2013, quando um jato da Embraer SA derrapou na pista ao pousar no aeroporto de Xangai, de acordo com a Aviation Safety Network.
O mais recente acidente comercial fatal na China, antes desta segunda-feira (21), foi em 2010, envolvendo um jato da Henan Airlines Co. Embraer, que matou 44 das 96 pessoas a bordo.
O último acidente fatal envolvendo a China Eastern foi em 2004, quando um avião com destino a Xangai caiu na Mongólia Interior, matando 53 pessoas a bordo e duas pessoas no solo. Esse havia sido o pior acidente de aviação na China em 30 meses na época.
As ações da Boeing caíam 6,8%, para US$ 179,97 nas negociações pré-mercado nos EUA. As ações da China Eastern, com sede em Xangai, caíram até 6,4% no final do pregão em Hong Kong.
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(Atualiza às 8h39 com fala de Xi Jinping)
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