Ibovespa sobe com Wall Street e fecha na máxima do ano; dólar cai

Índice foi impulsionado pelas commodities, em semana volátil com decisão de juros no Brasil e nos EUA, e negociações entre Rússia e Ucrânia

18 de Março, 2022 | 05:37 PM

Bloomberg Línea — Em uma semana de grande volatilidade nos mercados, o sentimento de menor aversão ao risco tomou conta dos mercados nesta sexta-feira (18), contribuindo para a valorização das bolsas mundiais.

Uma cautela em torno dos sinais mistos das negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia, contudo, contribuiu para uma nova alta das commodities, com o petróleo avançando pouco mais de 1% nesta sexta, negociado acima dos US$ 100 o barril.

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Por aqui, o Ibovespa (IBOV) fechou em alta, aos 115.310 pontos, no maior patamar para o índice desde 14 de setembro (116.181 pontos). Na semana, o benchmark teve ganhos de 3,22%. Já o dólar testou o piso abaixo dos R$ 5, mas encerrou o pregão aos R$ 5,01, em baixa de 0,53%.

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Na Bolsa brasileira, o dia foi de ganhos para a maior parte dos papéis negociados. As maiores altas partiram de Yduqs (YDUQ3), com alta de 11,13%, aos R$ 17,57, e CVC Brasil (CVCB3), que subiu 9,80%, aos R$ 13,45.

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Do lado das perdas, o grupo foi liderado pelas ações de Fleury (FLRY3), que caiu 2,14%, aos R$ 16,50, após a companhia divulgar seus números referentes ao quarto trimestre de 2021. Bradesco (BBDC4) aparece em segundo lugar, com baixa de 0,24%, aos R$ 21,13.

Confira como fecharam os mercados nesta sexta-feira (18):

  • O Ibovespa (IBOV) teve alta de 1,98%, negociado aos 115.310 pontos;
  • O dólar à vista recuou 0,53%, negociado aos R$ 5,01;
  • No mercado de juros futuros o movimento foi de queda: o DI para 2025, por exemplo, caiu 28 pontos-base, a 12,07%;
  • Por volta das 17h15 (horário de Brasília), o Bitcoin (BTC) subia 2,98%, negociado aos US$ 41.937;

Na agenda de indicadores domésticos, a taxa de desemprego no Brasil recuou para 11,2% no trimestre encerrado em janeiro de 2022 – a menor taxa para o período desde 2016.

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Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 12 milhões de trabalhadores estavam desocupados no período, queda de 6,6% na mesma comparação, o que representa uma redução de 858 mil pessoas.

Exterior em alta nesta sexta

No ambiente internacional, o movimento também foi de alta para as principais bolsas europeias e dos Estados Unidos.

Os mercados repercurtiram a notícia de que o líder chinês Xi Jinping assegurou ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que seu país não queria guerra na Ucrânia. A afirmação foi feita durante uma videoconferência de duas horas nesta sexta, em sua primeira conversa desde a invasão da Rússia no mês passado.

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Segundo relatório da estatal Xinhua, Xi disse a Biden que a invasão “não é o que queremos ver”. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, também disse hoje que teve uma conversa “substancial” com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, sobre a candidatura do país à adesão à União Europeia.

Em Wall Street, as ações se recuperaram em meio a ganhos em empresas de tecnologia, com traders avaliando sinais mistos das negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia e repercutindo a alta de juros pelo Fed enquanto se preparam para a volatilidade das opções que expiram nesta sexta. Nos EUA, o S&P 500 e a Nasdaq tiveram a melhor semana desde novembro de 2020.

  • Nos EUA, o Dow Jones subiu 0,80%, o S&P avançou 1,17%, enquanto o índice da Nasdaq teve alta de 2,05%;
  • Na Europa, o índice Stoxx 600 subiu 0,91%, enquanto o FTSE, do Reino Unido, teve alta de 0,26%;

(Com informações da Bloomberg News)

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Mariana d'Ávila

Editora assistente na Bloomberg Línea. Jornalista brasileira formada pela Faculdade Cásper Líbero, especializada em investimentos e finanças pessoais e com passagem pela redação do InfoMoney.