Bloomberg — A Natura &Co (NTCO3) engavetou seu plano para mudar a listagem primária de suas ações do Brasil para os Estados Unidos, em meio ao aumento da volatilidade nos mercados globais.
A empresa decidiu não avançar por ora com a listagem na New York Stock Exchange, a NYSE, e concentrará seus esforços na integração e melhora dos resultados da Avon, em meio a um ambiente de forte pressão de custos, de acordo com o CEO Roberto Marques.
“Conversamos com nossos acionistas e investidores ao longo dos últimos meses e a conclusão é muito clara: estrategicamente, isso faz muito sentido, mas talvez não seja o momento”, disse Marques, em entrevista. “Vamos avaliar o momento oportuno para retomar esse projeto.”
A empresa, que também é dona das marcas Natura, The Body Shop e Aesop, pretendia migrar sua listagem primária para os EUA e, ao mesmo tempo, ter Brazilian Depositary Receipts (BDRs) negociados em São Paulo -- o oposto da estrutura atual. Mas isso foi antes do VIX -- ou índice de volatilidade Cboe, que acompanha oscilações implícitas no S&P 500 -- subir para o maior nível em mais de um ano.
Outras companhias brasileiras já listadas em bolsa local que consideravam uma mudança na listagem para o exterior incluem Banco Inter (BIDI11), Americanas (AMER3) e Locaweb (LWSA3).
Em novembro, Marques disse a investidores e analistas que a listagem primária em Nova York permitiria à empresa reforçar sua posição como empresa global, aumentar a liquidez das ações e acessar uma base de investidores mais ampla.
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