Melinda Gates é uma das doadoras de fundo de US$ 1 bi para mulheres

Contribuições bateram a casa dos US$ 320 milhões, mas gestora do fundo pretende aumentar meta na próxima década

“Esta é a nossa chance única em toda uma geração para reconstruir nossos sistemas e finalmente fazê-los funcionar para mulheres e meninas”
Por Bella J. Genga
17 de Março, 2022 | 01:05 PM

Bloomberg — As bilionárias Melinda French Gates e MacKenzie Scott estão entre os doadores do Gender Fund, que visa arrecadar US$ 1 bilhão para promover igualdade e liderança feminina na África, Ásia e América Latina.

As contribuições até o momento chegaram a US$ 320 milhões, e as concessões de recursos já começaram nas três regiões, disse a Co-Impact, gestora do fundo, em comunicado nesta quinta-feira (16). A gestora pretende aumentar a meta nos próximos 10 anos.

Embora o apoio financeiro voltado à igualdade de gênero tenha aumentado na última década, apenas 1% do total chegou de fato a grupos em prol das mulheres, de acordo com o comunicado. O novo veículo de investimento oferecerá financiamento de grande porte, longo prazo e flexível para organizações predominantemente lideradas por mulheres e com raízes locais.

Começaremos abrindo mais portas para que as mulheres assumam seu poder e moldem políticas que elevem outras como elas”, disse Gates, cofundadora da Bill & Melinda Gates Foundation, no comunicado. “Esta é a nossa chance única em toda uma geração para reconstruir nossos sistemas e finalmente fazê-los funcionar para mulheres e meninas”.

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Outras organizações que apoiam o Gender Fund incluem Cartier Philanthropy, Children’s Investment Fund Foundation, Estée Lauder Companies Charitable Foundation e Rockefeller Foundation.

O fundo começou a arrecadar e conceder um conjunto inicial de 15 doações para iniciativas que abordam questões como violência ligada a gênero, saúde materna, educação inclusiva e liderança feminina.

Quase 2,4 bilhões de mulheres adultas em todo o mundo não têm acesso à igualdade de oportunidades, e as que trabalham recebem apenas dois terços do salário de um homem, de acordo com o relatório Women, Business and the Law 2021 do Banco Mundial.

“Para progredir na igualdade de gênero, precisamos de mudanças sistêmicas nas estruturas, leis, políticas e processos de governo, na forma como os mercados funcionam e como as normas sociais são moldadas e aplicadas”, disse Olivia Leland, fundadora e CEO da Co-Impact.

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