Ibovespa sobe com commodities e petróleo acima dos US$ 100; Petrobras recua

Investidores repercutem aumento dos juros no Brasil e nos EUA, além de tom positivo do presidente do Fed sobre crescimento econômico

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17 de Março, 2022 | 02:50 PM

Bloomberg Línea — Em um dia de recuperação das commodities, o Ibovespa (IBOV) opera em alta na tarde desta quinta-feira (17), apoiado por metalúrgicas e petroleiras, que reagem aos estímulos da China.

Os investidores também repercutem o comunicado do Banco Central na véspera, que elevou a taxa Selic em um ponto percentual, para 11,75% ao ano, e deixou as portas abertas para um novo aumento, de mesma magnitude, na próxima reunião do Copom, em maio, dada a forte pressão inflacionária.

  • Na Bolsa, as maiores altas nesta tarde partiam de Petrorio (PRIO3), com ganhos de 7,2%, CSN (CSNA3), que subia 7%, e Metalúrgica Gerdau (GOAU4), com avanço de 5,1%, por volta das 14h30 (horário de Brasília).
  • A Petrobras (PETR3; PETR4), contudo, limitava os ganhos do índice, caindo cerca de 2% em meio ao temor de uma interferência do governo na estatal, perdendo carona da forte alta do petróleo.

Isso porque depois de três dias em queda, o petróleo voltou a subir nesta quinta e retomou o patamar acima dos US$ 100 o barril, com investidores continuando a pesar as consequências da invasão da Ucrânia pela Rússia e os novos lockdowns na China, principal importador de petróleo, dado o avanço da covid-19 no país.

Também recuavam na B3 os papéis de Yduqs (YDUQ3), com baixa de 7%, MRV (MRVE3), que caía 5%, e da operadora de shopping centers brMalls (BRML3), com queda de 3,4%.

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  • Por volta das 14h30 (horário de Brasília), o Ibovespa subia 1,43%, aos 112.667 pontos;
  • O dólar à vista recuava 0,26%, negociado aos US$ 5,06;
  • Entre os contratos de juros futuros, o DI com vencimento em 2025 recuava 13 pontos-base, a 12,26%;
  • O Bitcoin (BTC) recuava 0,60%, aos US$ 41,012;

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Cena externa

No ambiente internacional, os índices acionários fecharam mistos na Europa, enquanto as bolsas americanas avançavam nesta tarde.

Os mercados repercutem a decisão do Federal Reserve, o banco central americano, de elevar a taxa de juros do país em 0,25 ponto percentual, para o intervalo de 0,25% a 0,50%, no primeiro aumento em quase quatro anos.

O tom mais positivo do presidente da instituição, Jerome Powell, sobre as perspectivas de crescimento econômico em meio ao aperto monetário animou os investidores na quarta-feira (16).

Powell disse que a economia dos EUA pode resistir ao aperto do Fed, acrescentando que a probabilidade de uma recessão “não é particularmente elevada”.

  • Nos EUA, o Dow Jones subia 0,69%, o S&P 500 avançava 0,75%, enquanto o índice da Nasdaq tinha alta de 0,75%;
  • Na Europa, o índice Dax, da Alemanha, recuou 0,36%, enquanto o FTSE, do Reino Unido, teve alta de 1,28% nesta quinta;

Ainda na cena externa, o Banco da Inglaterra elevou sua principal taxa de juros pela terceira reunião consecutiva, levando os custos dos empréstimos de volta ao nível pré-pandemia e alertando que a guerra na Ucrânia pode elevar a inflação bem acima de 8% no final deste ano.

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Mariana d'Ávila

Editora assistente na Bloomberg Línea. Jornalista brasileira formada pela Faculdade Cásper Líbero, especializada em investimentos e finanças pessoais e com passagem pela redação do InfoMoney.