Bloomberg — A decisão da produtora brasileira de alumínio CBA (CBAV3) de antecipar a expansão de um projeto está sendo justificada pela escassez global de metal que estimulou um rally recorde.
A Companhia Brasileira de Alumínio começará a aumentar a capacidade adicional em 30 mil toneladas em junho, em comparação à estimativa anterior, que projetava o aumento para 2023, disse o diretor financeiro Luciano Alves a repórteres nesta quarta-feira (16).
A decisão tomada em novembro passado elevará a capacidade anual de produção de alumínio da CBA para 380 mil toneladas, com foco no mercado interno, disse Alves. A empresa também está investindo para trazer mais 50 mil toneladas ao mercado em 2025.
A companhia controlada pela brasileira Votorantim vem se expandindo em boa hora. Os preços do alumínio são negociados perto de recordes, já que a invasão da Ucrânia pela Rússia enfatiza o aperto na oferta depois que os altos preços de energia tornaram algumas fundições não lucrativas.
Isso sinaliza um impulso de aceleração do lucro para a CBA. O Ebitda da empresa subiu para R$ 501 milhões nos três meses até dezembro, superando as estimativas do Banco BTG Pactual (BPAC11) e do Banco Bradesco (BBDC4).
As ações da CBA apagaram ganhos após subirem até 6,2% em São Paulo mais cedo nesta quarta-feira. Os papéis acumulam alta de 40% neste ano, tornando-se o melhor desempenho do índice de Materiais Básicos da B3 neste ano.
Veja mais em Bloomberg.com
Leia também
- Eleições: Bolsonaro começa a dar sinais de recuperação, mostra pesquisa
- Investidor estrangeiro já desconfia da valorização do real
©2022 Bloomberg L.P.