Bloomberg Línea — O Federal Reserve, banco central americano, decidiu elevar a taxa de juros americana para o intervalo entre 0,25% e 0,5%, sinalizando outros seis aumentos similares este ano, conforme comunicado divulgado nesta quarta-feira (16). Esse é o primeiro aumento de juros pela autarquia americana em mais de três anos e vem na esteira da inflação em alta nos Estados Unidos, potencializada agora pela pressão nas cadeias por conta da guerra na Ucrânia.
O presidente do Fed, Jerome Powell, comentou a decisão em coletiva de imprensa, destacando que a economia americana segue forte para encarar o aperto na política monetária. “Vi um comitê que está ciente da necessidade de devolver a economia à estabilidade de preços”, disse a repórteres, caracterizando o clima ao redor da mesa enquanto os formuladores de políticas debatiam as perspectivas. “Estamos determinados a usar as ferramentas para fazê-lo.”
Veja os principais destaques:
- A inflação deve levar mais tempo que o esperado para chegar na meta em que esperávamos
- A guerra na Ucrânia elevou as pressões inflacionárias
- Ainda esperamos que a inflação volte à meta de 2%
- Alta dos preços de energia estão puxando inflação
- Problemas de cadeias produtivas estão mais duradouros do que o previsto
- Probabilidade de uma recessão não é alta
- Crescimento econômico de 2,8% ainda é bastante forte
- Todos os indicadores apontam para uma economia forte
- A expectativa ainda é que a inflação desacelere no segundo semestre, mas ainda se mantendo alta
- Dependendo dos indicadores, se concluirmos que precisamos subir juros mais rapidamente, faremos isso
- Estamos dispostos a agir para baixar a inflação e ainda manter a expansão da economia
- Anúncio sobre redução de balanço pode ocorrer em maio
- Não deixaremos a inflação elevada se enraizar; o custo disso é muito alto