Bloomberg Línea — As condições climáticas na atual safra já causaram perdas irreversíveis para a produção de grãos no Brasil. Contudo, o clima parou de atrapalhar e parece ter dado uma trégua para os agricultores. De modo geral, os dados sobre as condições das lavouras da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) indicam que chove onde as plantações precisam de água para se desenvolver e o clima está seco nas regiões onde a colheita precisa avançar.
A maior exceção talvez seja o Mato Grosso do Sul. Em algumas regiões, a irregularidade das chuvas tem paralisado o plantio da segunda safra de milho, que já foi concluído em 86% da área prevista. Ainda assim, o ritmo está mais acelerado do que o registrado no mesmo período do ano passado, quando 82% da área estava semeada. Em Goiás, o plantio está praticamente concluído, mas a falta de chuvas que já dura 15 dias em algumas áreas pode prejudicar a produtividade média do Estado caso não volte a chover.
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No caso da soja, a colheita avança rapidamente no Centro-Oeste. Em Mato Grosso, a expectativa é que os trabalhos sejam concluídos na próxima semana. Já em Mato Grosso do Sul, 90% da área já foi colhida, restando apenas as lavouras plantadas mais tardiamente. Em Goiás, a estiagem que ameaça a segunda safra de milho foi a mesma que favoreceu um ritmo de colheita de soja mais rápido. Os trabalhos só não avançaram mais por conta de problemas logísticos.
Na região Sul, o Paraná já colheu mais da metade da área plantada e os efeitos da estiagem durante as fases mais críticas do desenvolvimento das lavouras se confirmam nos rendimentos obtidos. No Rio Grande Sul, último Estado a colher soja no Brasil, apenas 6% da área plantada foi colhida. No entanto, as recentes chuvas favoreceram as lavouras em floração e enchimento de grãos.
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