Além do latim: veja quais línguas estão a ponto de morrer na América Latina

Já parou para pensar quantos idiomas da América Latina correm o risco de se tornar extintos? Confira nossa lista

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Bloomberg Línea — No dia 21 de fevereiro, foi comemorado o Dia Internacional da Língua Materna, e a Unesco fez um apelo para que fosse reforçado o papel dos professores na promoção da educação multilíngue de qualidade, incluindo no ensino a distância. Isso tendo em vista que milhares de línguas no mundo estão em perigo de extinção.

Além disso, é importante refletir sobre as tecnologias e seu potencial para apoiar o ensino e a aprendizagem multilíngues, segundo a Unesco. Com base nisso, ressaltamos que, segundo números do Projeto de Línguas em Perigo no mundo, existem cerca de 2.450 línguas em perigo de extinção.

As informações do Projeto ressaltam que a região com mais idiomas em risco é a Oceania com 733 línguas a ponto de morrer, seguida da Ásia com 693, África (428), América do Norte e Central (222), América do Sul (226) e Europa (148).

Especialistas comentaram em um relatório da empresa Statista que a globalização está entre os motivos pelos quais existem tantas línguas em risco de desaparecer.

O efeito dominante de um único fator socioeconômico, o PIB per capita, sobre a taxa de crescimento dos falantes sugere que o crescimento econômico e a globalização são os principais motivadores do recente declínio nos falantes de línguas (principalmente a partir dos anos 70)”, cita a Statista, mencionando uma pesquisa de 2014 intitulada “Global distribution and drivers of language extinction risk”, ou “Distribuição global e fatores de risco para extinção de idiomas”, em tradução livre.

Línguas nativas em risco de extinção na América Latina

  • Argentina: Tehuelche, com 1 ou 2 falantes.
  • Brasil: Hixkaryana (600 falantes), Nambikwara (721 falantes) e Jamamadí (980 falantes).
  • Chile: Kawésqar (10 falantes) y Huilliche (2.000 falantes).
  • Colômbia: Achagua (283 falantes), Macaguán (441 falantes) e Desano (450 falantes).
  • Costa Rica: Bribri (400 falantes).
  • Ecuador: Záparo (3 falantes).
  • El Salvador: Pipil (97 falantes).
  • Guatemala: Itza’ (12 falantes).
  • México: Yucatec Maya (500 falantes), Tilapa Otomí (400 falantes) e San Agustín Mixtepec Zapotec (59 falantes).
  • Panamá: não há dados.
  • Perú: Jaqaru (740 falantes), Pacaraos Quechua (35 falantes) y Isconahua (5 falantes).
  • Uruguai: não há dados.
  • Venezuela: Jotí (300 falantes), Sapé (5 falantes) y Paraujano (1 falante).

--Este texto foi traduzido por Bianca Carlos, localization specialist da Bloomberg Línea.

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