Bloomberg — A Toyota (TM) revisará seus planos de produção para torná-los mais realistas, já que as crescentes interrupções globais dificultam as tentativas de aumento de produção por parte da montadora.
“Precisamos examinar as condições”, disse o CEO Akio Toyoda aos líderes sindicais, segundo publicação no site da empresa na quarta-feira (9). Juntamente com os fornecedores, “se os planos de produção não continuarem bons, seremos levados à exaustão”.
Os comentários de Toyoda refletem os desafios que a maior produtora de automóveis do mundo enfrenta ao tentar compensar a baixa produção nos últimos meses devido a problemas nas cadeias de suprimentos, desafios da covid, um ataque cibernético e a invasão da Ucrânia pela Rússia. No mês passado, a Toyota cortou sua meta de produção para o ano fiscal até março para 8,5 milhões de veículos, abaixo da meta anterior de 9 milhões.
A empresa ainda não anunciou uma nova meta de produção para o ano fiscal atual.
“Como aponta o sindicato, um plano de produção que exceda a capacidade de pessoal e equipamentos é anormal”, disse Toyoda. A situação “já está no limite”, disse ele, acrescentando que a empresa revisará os planos de produção com base nas realidades atuais.
A Toyota foi relativamente resiliente em meio aos problemas da cadeia de suprimentos no início da pandemia e vem tentando aumentar a produção para atender à demanda global cada vez maior por carros. A empresa disse no mês passado que planejava produzir 950 mil veículos em março, acima dos 843.393 montados no mesmo mês do ano passado.
“Testemunhamos em primeira mão momentos como grandes recalls, a importância de priorizar a segurança e a qualidade acima de tudo e não negligenciar as pessoas que nos apoiam”, disse Toyoda. “Juntamente com fornecedores e concessionárias, queremos trabalhar juntos para superar a atual situação de crise”.
As interrupções recentes, incluindo um ataque cibernético a um de seus fornecedores que causou um apagão em todas as suas fábricas no Japão por um dia na semana passada, significam que será muito difícil para a Toyota recuperar qualquer produção adicional para o ano fiscal que termina neste mês, de acordo com o analista da Bloomberg Intelligence Tatsuo Yoshida.
--Este texto foi traduzido por Bianca Carlos, localization specialist da Bloomberg Línea.
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