Bloomberg — A Sakhalin Energy, da Rússia, ofereceu sua primeira remessa de gás natural liquefeito para a Ásia desde a invasão na Ucrânia, sendo um teste importante de como os compradores da região irão lidar com o combustível russo.
A empresa liberou uma oferta de vendas de uma remessa para o final de abril, advinda do projeto Sakhalin-2 ao norte do Japão, de acordo com operadores com conhecimento do assunto.
A Shell (SHEL) se juntou a outras grandes petrolíferas ao anunciar planos de sair da Rússia diante da pressão internacional, incluindo a venda de sua participação na Sakhalin-2, mas os sócios japoneses do empreendimento ainda mantêm suas participações, e a oferta será acompanhada de perto.
Apesar do aumento dos preços devido aos eventos na Europa, alguns operadores esperam um interesse limitado, já que importadores vêm evitando remessas russas desde a invasão. Há também a possibilidade de que a remessa seja comprada por fornecedores russos e entregue sob contratos de longo prazo.
“Entendemos que os compradores do norte da Ásia estão aceitando apenas remessas russas já contratadas neste momento e estão se recusando a lidar com novas cargas spot”, disse Valery Chow, chefe de pesquisa de gás e GNL de Ásia-Pacífico da Wood Mackenzie. Os preços e a volatilidade extremos estão levando à “destruição da demanda no curto prazo”, disse ele.
Os preços globais do gás natural liquefeito deram um novo salto enquanto os Estados Unidos e o Reino Unido intensificam medidas para proibir importações russas de combustíveis fósseis. O preço de referência de gás da Europa atingiu um recorde intradiário no início desta semana.
Algumas empresas já começaram a buscar remessas para atender a demanda do verão. A CPC buscando GNL para entrega de junho a agosto para Taiwan no início desta semana, segundo operadores com conhecimento do assunto.
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