Bitcoin bate US$ 42 mil com possível mudança regulatória ‘histórica’ nos EUA

Mesmo com o salto, a criptomoeda continua no patamar em que vem sendo negociada: entre US$ 33 mil e US$ 48 mil

Bloomberg
Por Joanna Ossinger
09 de Março, 2022 | 11:55 AM

Bloomberg — O Bitcoin ultrapassou US$ 42 mil em meio a um movimento mais amplo de valorização dos tokens digitais, embalado pelo otimismo em relação a uma revisão abrangente na supervisão de criptomoedas nos Estados Unidos, a qual a secretária do Tesouro americano chamou de “histórica”.

A maior criptomoeda chegou a subir 10%, chegando a US$ 42.427, o maior nível desde 2 de março. O Ether avançou 8%, enquanto as chamadas moedas de privacidade, como Monero, tiveram altas robustas. A disparada das criptomoedas coincide com um maior apetite por risco, que favoreceu também as ações europeias.

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Em um comunicado no website do Tesouro que mais tarde foi removido, a secretária Janet Yellen elogiou uma ordem executiva que está para ser assinada pelo presidente Joe Biden. Segundo ela, o conteúdo alcança um equilíbrio entre promover a inovação e abordar riscos potenciais. O posicionamento animou um segmento que há muito tempo pede direcionamento regulatório.

“Durante anos, o mercado de criptomoedas foi prejudicado pela falta de clareza regulatória nos EUA”, disse Hayden Hughes, CEO da plataforma de negociação de ativos em rede social Alpha Impact. “Se diretrizes claras forem aprovadas, este pode ser um momento decisivo para a indústria.”

Yellen afirmou que, sob a ordem executiva, os esforços do Departamento do Tesouro complementariam trabalhos já realizados, incluindo o relatório que o Grupo de Trabalho do Presidente sobre Mercados Financeiros divulgou no ano passado a respeito de stablecoins.

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A declaração removida datava de 9 de março. Nela, Yellen afirmava que a abordagem contida na ordem “apoiará a inovação responsável que pode resultar em benefícios substanciais para a nação, os consumidores e as empresas”.

Mesmo após o salto nesta quarta-feira (9), o Bitcoin permanece no intervalo entre US$ 33 mil e US$ 48 mil no qual vem sendo negociado durante a maior parte de 2022. Depois de divergir das ações no início da semana passada, as criptomoedas reverteram ganhos diante da escalada da guerra na Ucrânia, decepcionando quem argumentava que esses ativos são de refúgio em tempos de turbulência geopolítica.

Vantagens da privacidade

As moedas de privacidade – assim chamadas pelo maior grau de anonimato que proporcionam aos usuários – tiveram ganhos mais substanciais nas últimas 24 horas. O Monero saltou 21%, e o Zcash avançou 17%, segundo dados da CoinGecko. Os ganhos foram impulsionados por especulações de que o tráfego de pagamentos pode ser deslocado pelas sanções impostas à Rússia.

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“A recente alta das moedas de privacidade é impulsionada por especulação sobre a possibilidade de fuga de capital” na direção delas, disse Ben Caselin, estrategista-chefe da exchange de criptomoedas AAX.

Embora as moedas de privacidade permitam maior grau de anonimato, as redes em que vivem são menos descentralizadas e menos seguras que as do Bitcoin, além de limitadas em valor de mercado, acrescentou ele. “Em vez de uma nova tendência, a aceitação atual provavelmente será limitada, com mais volatilidade à frente.”

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--Com a colaboração de Allyson Versprille e Emily Nicolle.

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