ETF baseado em lideranças femininas começa a ser negociado na B3

Atualmente apenas duas companhias presentes no Ibovespa têm CEO mulher: Fleury (FLRY3) e Iguatemi (IGTI11)

O índice é rebalanceado trimestralmente, e atualmente conta com empresas de diversos setores, como Vivara (VIVA3), Enjoei (ENJU3), Espaçolaser (ESPA3), Marisa (AMAR3) e Banco Santander (SANB11)
08 de Março, 2022 | 04:33 PM

Bloomberg Línea — Começou a ser negociado nesta terça (8), Dia Internacional da Mulher, o fundo de índice Mulheres na Liderança. Sob o código ELAS11, o ETF replica o Índice Teva Mulheres na Liderança, formado por ações de empresas que se destacam no Brasil pela representatividade de mulheres em cargos de liderança.

As companhias que atendem aos critérios de tamanho e liquidez, bem como aos filtros setoriais, têm sua participação no índice atribuída pelo Score Teva de Igualdade de Gêneros. A nota é calculada como uma média da proporção de presença feminina nos Conselhos de Administração, Conselhos Fiscais, Diretorias Executivas, Comitês de Gestão, entre outros, e ponderada por pesos para cada um dos colegiados.

PUBLICIDADE

O índice, sob gestão do banco Safra, é rebalanceado trimestralmente, e atualmente conta com empresas de diversos setores, como Vivara (VIVA3), Enjoei (ENJU3), Espaçolaser (ESPA3), Marisa (AMAR3) e Banco Santander (SANB11).

Atualmente apenas duas companhias presentes no Ibovespa têm CEO mulher: Fleury (FLRY3) e Iguatemi (IGTI11). Em termos percentuais, são apenas 2,2% das companhias que compõem o índice com mulheres como CEO.

Veja mais: Mais mulheres como CEO? Grupo busca mudança a longo prazo

PUBLICIDADE

Conforme um estudo da B3, que opera a Bolsa de São Paulo, das 408 empresas analisadas em levantamento divulgado em outubro, 61% não têm uma única mulher entre seus diretores estatutários. Nos conselhos de administração, 45% não têm qualquer participação feminina.

A metodologia para avaliar lideranças femininas da Teva abarca quase 8 mil posições em mais de 300 empresas.

O ETF era negociado a R$ 100 neste dia de lançamento.

PUBLICIDADE

Leia também

Apenas 3 em cada 10 mulheres tomam decisões financeiras na América Latina

Diversidade como ativo: contratar pessoas trans pode elevar lucro da empresa

Kariny Leal

Jornalista carioca, formada pela UFRJ, especializada em cobertura econômica e em tempo real, com passagens pela Bloomberg News e Forbes Brasil. Kariny cobre o mercado financeiro e a economia brasileira para a Bloomberg Línea.