Adidas suspende vendas na Rússia e nomeia novo líder na China

Medida na Rússia ocorreu em resposta à guerra na Ucrânia; na China, a empresa tenta recuperar público que boicotou marcas estrangeiras

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Bloomberg — A Adidas (ADS) suspendeu suas vendas na Rússia após outras fabricantes de vestuário como a Puma (PUM) e a Nike (NKE) fazerem o mesmo em resposta à invasão do país na Ucrânia.

A empresa alemã de artigos esportivos disse na terça-feira (8) que estava suspendendo as operações de suas lojas e site de e-commerce na Rússia e está “solidária com aqueles que pedem paz”. A Adidas, em um movimento separado, substituiu seu chefe de operações na China depois que a empresa enfrentou dificuldades no ano passado em meio a boicotes de consumidores e aumento da concorrência de rivais locais.

Os dois comunicados ressaltam a turbulência geopolítica que afeta marcas de bens de consumo que já enfrentavam o impacto causado pela pandemia. A invasão da Ucrânia pela Rússia trouxe condenação global, restrições comerciais e penalidades financeiras, incluindo uma medida para barrar alguns bancos do sistema de mensagens financeiras SWIFT. Algumas das marcas mais icônicas do mundo estão deixando o país.

As ações da Adidas subiam até 3,2% durante o trading em Frankfurt.

A empresa disse que continuará pagando funcionários na Rússia e “tomará futuras decisões de negócios e praticará ações conforme necessário”. A empresa também está doando dinheiro e roupas para ajudar as pessoas afetadas pela guerra na Ucrânia e oferecendo apoio aos funcionários da região com transporte, moradia, roupas, alimentação e assistência psicológica.

A Adidas já suspendeu sua parceria com a União Russa de Futebol na semana passada.

Enquanto isso, na China, a empresa nomeou o executivo de longa data Adrian Siu como chefe de operações Siu, de 51 anos, passou duas décadas trabalhando para a Adidas, mais recentemente como executivo-chefe da marca de roupas local Cosmo Lady. Ele substituirá Jason Thomas, que supervisiona as operações na China desde 2019 e se tornará vice-presidente sênior de franquia global, segundo a Adidas.

As marcas estão lutando para manter a China como um importante motor de crescimento após quase um ano de boicotes de consumidores e tratamento preferencial para empresas locais, incluindo a Anta Sports Products e a Li Ning.

--Com a colaboração de Mariajose Vera.

--Este texto foi traduzido por Bianca Carlos, localization specialist da Bloomberg Línea.

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