Petróleo: traders apostam que barril chegará a US$ 200 em março

Problemas de abastecimento da Líbia, da Arábia Saudita e da Rússia estão afetando oferta do petróleo

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Bloomberg — Os traders vêm apostando que o petróleo poderia subir ainda mais depois de atingir o nível mais alto desde 2008; alguns até afirmam que os futuros ultrapassarão US$ 200 antes do final de março.

Os preços das opções de compra subiram nesta segunda-feira (7), quando o mercado avaliou a possibilidade de um corte no abastecimento da Rússia, um dos maiores exportadores do mundo. Mais de 1,2 mil contratos para a opção de comprar futuros de Brent para maio a US$ 200 o barril foram negociados nesta segunda, segundo dados da ICE Futures Europe. As opções expiram em 28 de março, três dias antes da liquidação do contrato. O preço saltou 152%, chegando a US$ 2,39 o barril.

A opção de compra de US$ 150 por barril para o contrato Brent de junho dobrou desde sexta-feira (4), segundo a ICE, ao passo que o custo das opções de compra de US$ 180 aumentou 110%. O contrato do primeiro mês de Brent de maio Brent subiu dramaticamente na segunda-feira, quando os comerciantes se apavoraram com as negociações de uma proibição de petróleo russo em meio a interrupções no fornecimento da Líbia e atrasos no progresso das negociações nucleares iranianas.

O JPMorgan Chase (JPM) disse na semana passada que o petróleo Brent poderia terminar o ano a US$ 185 o barril se o abastecimento russo continuar interrompido, ao passo que o Australia & New Zealand Banking Group estimou que cerca de 5 milhões de barris por dia seriam afetados por novas sanções.

A Rússia é o terceiro maior produtor de petróleo do mundo, atrás dos Estados Unidos e da Arábia Saudita. O membro da Opep+ exportou 7,8 milhões de barris por dia de petróleo bruto, condensado e derivados em dezembro do ano passado, segundo a Agência Internacional de Energia, fornecendo combustíveis essenciais como diesel, óleo combustível, gasóleo a vácuo e uma matéria-prima petroquímica conhecida como nafta para compradores da Europa, EUA e Ásia.

--Este texto foi traduzido por Bianca Carlos, localization specialist da Bloomberg Línea.

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