Bloomberg — Mais de 1,5 milhão de pessoas cruzaram a fronteira da Ucrânia para países vizinhos nos últimos 10 dias, disse neste domingo Filippo Grandi, alto comissário da ONU para os Refugiados. Ele considera a atual crise como a que “mais cresce na Europa desde a Segunda Guerra Mundial”.
Mais de 60% fugiram para a Polônia, onde as autoridades estimam que 922.400 pessoas tenham cruzado a fronteira até o início deste domingo, e para a Moldávia, para onde mais de 250 mil fugiram, segundo o presidente Maia Sandu. Os ucranianos também foram para Eslováquia, Hungria, Romênia e outros países da União Europeia, bem como para a própria Rússia.
Na semana passada, a União Europeia concordou em conceder direitos de residência aos ucranianos e fornecer saúde, emprego e apoio social por até três anos. O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, se reuniu com autoridades moldavas no domingo, depois de visitar um centro de refugiados na Polônia no sábado.
Corredor humanitário
Neste domingo, a Ucrânia tenta evacuar civis da cidade portuária de Mariupol, depois que uma tentativa de sábado foi interrompida por bombardeios russos em violação a um cessar-fogo temporário, disse um funcionário da administração militar regional de Donestsk no Telegram.
A rota de evacuação vai de Mariupol a Zaporizhzhya e será monitorada pela Cruz Vermelha. Carros particulares poderão entrar no comboio de evacuação.
A organização humanitária Médicos Sem Fronteiras (MSF) descreveu a situação humanitária como “catastrófica”. O povo de Mariupol tem “problemas muito sérios para ter acesso à água potável”, disse Laurent Ligozat, coordenador de emergência do grupo na Ucrânia.
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