Rússia retoma bombardeios e viola acordo de cessar-fogo, diz Ucrânia

A trégua permitiria a saída de cerca de 215 mil mulheres, crianças e idosos das regiões de Mariupol e Volnovakha

Cidade ucraniana de Mariupol segue na linha de frente de conflitos
Por Bloomberg News
05 de Março, 2022 | 09:43 AM

Bloomberg — A Rússia retomou os bombardeios em violação a um acordo de cessar-fogo temporário para permitir a retirada de civis por meio de corredores humanitários, segundo a Ucrânia. A trégua permitiria a saída de cerca de 215 mil mulheres, crianças e idosos das regiões de Mariupol e Volnovakha.

A vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk, afirmou que as forças russas voltaram a bombardear a cidade de Volnovakha com armamento pesado. Ela afirmou que a população local foi orientada buscar abrigo e suspender os planos de saída da região.

A Rússia e a Cruz Vermelha, que monitora o cumprimento do cessa-fogo temporário, ainda não fizeram comentários sobre a violação do acordo de trégua temporária.

Os combates também estão ocorrendo ao longo de uma rota destinada a servir como corredor humanitário para evacuar 200 mil pessoas de Mariupol, disse Vereshchuk. Ela pediu à Rússia que permita a entrega de alimentos e remédios. As autoridades de Mariupol também pediram às pessoas que procurassem abrigo.

PUBLICIDADE

Combatentes ucranianos estão tentando repelir as tropas russas em Mykolaiv, uma cidade de meio milhão de pessoas perto de Odesa, de acordo com uma atualização do Ministério da Defesa no sábado.

Armas antiaéreas continuam a atingir aviões e helicópteros russos, de acordo com essa atualização, que disse ter derrubado dois aviões Sukhoi SU-25 na região de Chernihiv ao norte de Kiev e outro na região de Donetsk. A reivindicação não pôde ser verificada imediatamente.

O porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia foi citado pela Interfax como tendo dito que as forças armadas russas e seus aliados separatistas na região de Donetsk continuam avançando e assumiram o controle de várias cidades próximas durante a noite.

Veja mais em bloomberg.com

Leia também