Bloomberg — A Rússia aceitou um cessar-fogo temporário para permitir que civis deixem as regiões de Mariupol, no Mar Negro, e Volnovakha, a cerca de 65 quilômetros ao norte, informou a Interfax, citando o Ministério da Defesa.
A Ucrânia confirmou o acordo sobre os corredores e o cessar-fogo, disse Davyd Arakhamiya, membro sênior do partido do presidente Volodymyr Zelenskiy e que faz parte da equipe de negociação da Ucrânia.
As evacuações começaram neste sábado em Mariupol e Volnovakha, embora autoridades ucranianas tenham dito que os bombardeios russos foram retomados já em uma violação ao cessar-fogo. As autoridades locais esperam que cerca de 215 mil mulheres, crianças e idosos deixem o local.
A Cruz Vermelha está na região para garantir a trégua e os esforços humanitários para proteger a população civil.
Apesar do cessar-fogo, as forças russas voltaram a bombardear Volnovakha com armamento pesado, disse a vice-primeira-ministra da Ucrânia, Iryna Vereshchuk. Não houve comentários imediatos sobre a quebra do acordo da Rússia ou da Cruz Vermelha, que está monitorando o cumprimento da trégua na região.
Os combates também estão ocorrendo ao longo de uma rota destinada a servir como corredor humanitário para evacuar 200 mil pessoas de Mariupol, disse Vereshchuk. Ela pediu à Rússia que permita a entrega de alimentos e remédios. As autoridades de Mariupol pediram às pessoas que procurassem abrigo.
Na sexta, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, criticou a Otan como “fraca” por se recusar a impor uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia enquanto a Rússia intensifica seus ataques. Em Bruxelas, o secretário de Estado Antony Blinken disse que os EUA e aliados estão fornecendo apoio “extensivo” à Ucrânia, mas têm a responsabilidade de garantir que a guerra não se espalhe.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas se reunirá na segunda-feira para discutir a situação humanitária na Ucrânia. A senadora norte-americana Elizabeth Warren, uma crítica veemente de Wall Street, disse que os bancos estão “minando” as sanções à Rússia ao acumular dívidas corporativas do país e procurar comprar ativos baratos.
Veja mais em bloomberg.com
Leia também
- AO VIVO: Confira as últimas notícias da guerra na Ucrânia
- Guerra abala cadeias de suprimentos e ameaça elevar inflação
- Máquina de propaganda de Putin é prejudicada por apagão de mídias sociais
© 2022 Bloomberg L.P.