São Paulo — Enquanto o mundo continua isolando a Rússia pela invasão da Ucrânia, varejistas dos EUA e Europa estão interrompendo rapidamente suas operações no país de Vladimin Putin. Isso tem levado a uma corrida dos russos para comprar produtos importados de consumo em meio aos temores com o contínuo tombo de sua moeda, o rublo, e das sanções impostas pelo Ocidente.
Companhias que ainda não aderiram ao banimento estão atraindo mensagens de ira nas mídias sociais com hashtags de boicote como #BoycottMcDonalds e #BoycottCocaCola, que estão em alta no Twitter.
No ano passado, o McDonald’s gerou cerca de 9% de sua receita total com as vendas na Rússia e Ucrânia, e a operação suíça da Coca-Cola, a Coca-Cola HBC AG, obteve cerca de 21% do seu volume com suas operações na Rússia e Ucrânia.
Confira as varejistas que interromperam embarques de produtos ou fecharam lojas
Apple
Após o vice-primeiro-ministro ucraniano Mykhailo Fedorov tuitar uma carta para o CEO da Apple, Tim Cook, no dia 25 de fevereiro, suplicando que a gigante de tecnologia deixasse a Rússia, a Apple fechou suas lojas e interrompeu suas vendas no país, mas ainda não tirou do ar seu aplicativo local
Asos
A varejista de moda Asos disse que está suspendendo suas vendas na Rússia. Em 2021, Rússia e Ucrânia responderam por cerca de 4% de suas receita de vendas. A companhia suspendeu vendas na Ucrânia após a invasão russa
Boohoo
A varejista britânica de roupas Boohoo suspendeu suas operações na Rússia
Burberry
A grife britânica de roupas Burberry suspendeu embarques para a Rússia, mas ainda tem lojas abertas no país
Electronic Arts
A produtora de jogos Electronic Arts anunciou que está interrompendo a venda de produtos como jogos e conteúdo para Rússia e Belarus
Hermès
A grife francesa de luxo Hermès International disse que vai fechar temporariamente suas lojas na Rússia, pausando todas suas atividades comerciais
H&M
A varejista sueca de vestuário Hennes & Mauritz AB parou temporariamente de vender na Rússia, onde a companhia tem 155 lojas. De acordo com um relatório do fim de 2020, a Rússia é o sétimo maior mercado da empresa
Ikea
A gigante de móveis Ikea anunciou que vai interromper todas suas operações na Rússia, exportação e importação da Rússia e Belarus, e entregas de fornecedores. Para os 15 mil empregados afetados, a companhia diz estar procurando fornecer uma “estabilidade de renda” no curto prazo. Um comunicado do site russo da Ikea diz que está suspentando vendas nas lojas e no site imediatamente, e que pedidos pagos antes de 3 de março serão integralmente atendidos. A Ikea acrescentou que os centros comerciais MEGA Family Shopping Centres, com farmácias e mercearias, vão continuar abertos
Inditex
A varejista espanhola de moda Inditex, dona da Zara, fechou temporariamente suas lojas na Rússia e suspendeu suas vendas online. Ela tem 502 lojas no país
JD Sports
A varejista de artigos esportivos informou que encerrou seu negócio na Rússia em seus canais de venda como sites
Kering
A dona da Guggi e de outras marcas de luxo disse que temporariamente fechou suas lojas na Rússia devido às “crescentes preocupações com a atual situação na Europa”
LVMH
O grupo francês do mercado de luxo LVMH fechou suas 124 lojas na Rússia temporariamente, segundo a agência francesa de notícias France Presse. A empresa tem 3.500 empregados na Rússia
Marks & Spencer
O grupo varejista britânico Marks & Spencer suspendeu seus embarques para sua franquia turca com negócios na Rússia
Mango
A varejista de moda espanhola fechou 55 lojas na Rússia, suspendendo suas vendas online e entregas para o país. Suas 65 franquias estão autorizadas a continuarem abertas. A empresa tem 800 funcionários na Rússia, segundo a agência britânica de notícias Reuters
Nike
A gigante dos calçados Nike está temporariamente fechamento suas unidades na Rússia, mas a companhia disse à Bloomberg que vai continuar pagando os funcionários durante esse período. Ela também suspendeu suas vendas online no país
Richemont
A dona dos relógios Cartier e Vacheron Constantin informou que suspendeu suas operações comerciais na Rússia, após ter encerrando suas atividades comerciais na Ucrânia
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