Alta do PIB brasileiro ‘reflete a base fraca de comparação’, diz Fiesp

Entidade afirma que 2022 será ano “de grandes desafios para a economia brasileira” e PIB ficará estável

Sede da Fiesp, na Avenida Paulista (FOTOS: JULIA MORAES)
04 de Março, 2022 | 05:36 PM

Bloomberg Línea — Para a Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo) a alta de 4,6% do PIB brasileiro em 2021, anunciada nesta sexta-feira (4) pelo IBGE, “em grande medida reflete a base fraca de comparação, uma vez que o PIB de 2020 caiu 3,9%”.

Em nota divulgada nesta sexta, a Fiesp disse que sua expectativa para o PIB deste ano é de “estabilidade (0,0%).

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De acordo com os dados do IBGE, o PIB brasileiro voltou aos níveis de 2019, o que poderia indicar uma recuperação em relação à queda de 2020, a maior em 30 anos.

Mas, segundo a Fiesp, a expectativa não é boa.

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“Para 2022, a previsão é de grandes desafios para a economia brasileira. Além das restrições relativas à oferta e à pressão de custos, a demanda doméstica deverá ser fortemente afetada pela deterioração das condições macroeconômicas, em que o forte aperto monetário terá grande peso”, diz a entidade, em nota divulgada nesta sexta.

A Fiesp também afirma que os conflitos na Ucrânia devem impactar a economia, “a depender da sua intensidade e duração”.

Os impactos imediatos são nas commodities exportadas pela Ucrânia e pela Rússia e nos fertilizantes, dos quais o agronegócio brasileiro depende - 85% do produto usado no país é importado, e 30% disso vêm da Rússia.

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Segundo levantamento da CNA (Confederação Nacional do Agronegócio), os fertilizantes já ficaram 5,8% mais caros desde a invasão da Ucrânia pela Rússia.

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Pedro Canário

Repórter de Política da Bloomberg Línea no Brasil. Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero em 2009, tem ampla experiência com temas ligados a Direito e Justiça. Foi repórter, editor, correspondente em Brasília e chefe de redação do site Consultor Jurídico (ConJur) e repórter de Supremo Tribunal Federal do site O Antagonista.