Bloomberg Línea — Em seu relatório de fevereiro, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) estimou a safra brasileira de soja em 125,5 milhões de toneladas. Na época, o dado surpreendeu o mercado porque significou um corte de 15 milhões de toneladas em relação à estimativa feita em janeiro. Agora, na próxima segunda-feira (07/03), uma nova atualização será apresentada e existem expectativas para que uma nova redução seja feita.
Entre as principais consultorias privadas que atuam no país, a subsidiária local da americana AgResource reviu sua projeção e espera agora por uma colheita de 119,4 milhões de toneladas. Até o momento, essa é a estimativa mais pessimista entre sete das mais relevantes consultorias do mercado. Além dos efeitos da estiagem nos Estados do Sul do Brasil, a AgResource prevê que em Mato Grosso, maior produtor nacional, existe uma diferença entre o volume esperado e o que vem efetivamente se revelando durante a colheita.
O Brasil já colheu pouco mais de 42% da área plantada com soja na safra 2021/22. Em Mato Grosso, a colheita já supera 80%. “Estamos estimando uma produção no Estado (Mato Grosso) de 37,768 milhões de toneladas. É um excelente número, mas, menor que a nossa projeção anterior, de aproximadamente 38,2 milhões de toneladas”, disse Raphael Mandarino, diretor da AgResource Brasil, que realizou há alguns dias uma viagem pelo Estado.
A estimativa média para a safra de soja do Brasil, considerando as últimas estimativas das consultorias, é de 127,3 milhões de toneladas. O número ainda é superior ao último dado da Conab, mas a expectativa é que outras empresas atualizem suas projeções para a safra ao longo dos próximos dias, o que deve fazer com que a média seja reduzida até a nova atualização oficial.
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