Bloomberg — Espera-se que a Opep e seus aliados concordem com outro aumento modesto na produção de petróleo, mesmo quando as ondas de choque da invasão da Ucrânia pela Rússia elevam os preços acima de US$ 100 o barril.
A coalizão de 23 países liderada pela Arábia Saudita provavelmente ratificará na quarta-feira (2) um novo aumento formal de 400.000 barris por dia para abril, enquanto continua a reviver a produção interrompida durante a pandemia, de acordo com uma pesquisa da Bloomberg com analistas e traders. Na prática, o incremento provavelmente será consideravelmente menor, já que muitos membros estão lutando para restabelecer os suprimentos.
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Embora Riad esteja sob pressão dos EUA e de outros consumidores importantes para esfriar o rali do petróleo e aliviar a pressão inflacionária abrindo as torneiras mais rapidamente, os delegados sinalizaram que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados continuarão a agir com cautela. Embora a invasão da Rússia tenha disparado os preços, ainda não levou a uma perda genuína de barris do mercado.
De qualquer forma, com a Rússia como o segundo maior membro da coalizão, pode ser difícil para o grupo concordar coletivamente com uma ação para apaziguar os EUA, dada a forte divisão entre Moscou e a comunidade internacional sobre sua agressão militar.
Os Estados Unidos e outras nações impuseram sanções à Rússia, incluindo alguns dos ativos de seu banco central e outras instituições financeiras. Embora as restrições atuais não se estendam à energia, compradores, traders e armadores estão ficando cada vez mais cautelosos ao lidar com commodities russas.
Apenas um dos 18 entrevistados da pesquisa previu que a Opep+ concordaria com um aumento maior do que os 400.000 barris diários programados, sem especificar quanto.
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