EUA projetam sanções ao Banco Central da Rússia

Putin acumulou reservas de US$ 643 bilhões anos antes da invasão; para analistas, ação seria “devastadora” para o rublo

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Bloomberg — Os EUA estão avaliando sanções ao Banco Central da Rússia, segundo pessoas familiarizadas com o assunto, uma medida que visaria grande parte das reservas de US$ 643 bilhões que o presidente russo, Vladimir Putin, acumulou antes de uma invasão planejada da Ucrânia.

Uma decisão final não foi tomada, mas o governo Biden está considerando urgentemente todas as opções na tentativa de impedir Putin de mais devastação na Ucrânia, disseram as pessoas, falando sob condição de anonimato. Os EUA pretendem fazer cada movimento em conjunto com aliados em toda a Europa para obter o máximo impacto, disseram eles.

Não está claro o quão avançadas são essas discussões. A questão de potencialmente atacar o banco central russo, no entanto, surgiu em uma conversa no final de janeiro, de acordo com uma pessoa familiarizada com o assunto.

Uma porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca se recusou a comentar.

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Embora a Rússia tenha reduzido constantemente a dependência de moeda estrangeira, o BC ainda detinha 16,4% de suas participações em dólares no final de junho de 2021, de acordo com os dados oficiais mais recentes, abaixo dos 22,2% do ano anterior. A quota do euro subiu 32,2%.

A decisão seria sem precedentes para uma economia do tamanho da Rússia. Perder o acesso a fundos no exterior pode algemar o BC que tenta escorar o rublo no mercado de câmbio com a venda de moeda forte. As intervenções diretas, anunciadas no início desta semana depois que Putin ordenou que seus militares atacassem a Ucrânia, marcam a primeira vez que o país entra no mercado desde 2014.

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A medida seria “devastadora” para a Rússia, de acordo com Tim Ash, estrategista da Bluebay Asset Management em Londres. “Nós veríamos a queda do rublo.”

A Rússia também manteve 22% de seu tesouro em ouro, a maioria dos quais é mantida internamente e estaria fora do alcance das sanções ocidentais, enquanto cerca de 13% das participações do banco central estavam em yuans.

(Com assistência de Alberto Nardelli)

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