São Paulo — A Viva Air, companhia aérea de baixo custo da Colômbia, decidiu aumentar presença no Brasil. A partir de junho, começa a operar voo direto entre São Paulo e Medellín. Para viabilizar a operação, a empresa sediada na cidade de Rionegro escolheu a alemã Aviareps para cuidar das vendas, marketing, reservas e emissão de passagens.
As duas já desenvolvem parceria no México e nos EUA. O principal hub da Viva fica em Medellín, e dois hubs adicionais situam-se em Bogotá e Cali. A Aviareps, com 64 escritórios de representação de turismo, aviação e hotelaria em 47 países, foi indicada como agente geral de vendas (GSA) no Brasil.
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“Estamos empolgados em adicionar o Brasil à nossa rede e em ter a Aviareps como um parceiro. Estamos ansiosos para trabalhar com suas equipes locais de profissionais, à medida que crescemos e expandimos nossa presença na América Latina”, disse o presidente e CEO da Viva, Felipe Antelo, em nota.
A expansão da aérea colombiana na América Latina avançou com a subsidiária Viva Air Peru em 2017. O site da Viva já tem versão em português (www.vivaair.com/#/br/pt) e iniciou a vender passagem entre São Paulo e Medellín. O voo direto entre as duas cidades dura cerca de seis horas e meia.
Em simulação feita por Bloomberg Línea, encontra-se ida (23 de junho) e volta (2 de julho) por US$ 211, incluindo taxas. Quem não se importa com conexões para chegar à América do Norte acha tarifas para Cancún (a partir de US$ 139 por trecho) e Miami (a partir de US$ 159 por trecho).
O movimento da Viva Air ocorre no contexto de maior interesse de fomentar o turismo entre Brasil e Colômbia. Atualmente, Argentina e Chile são os destinos preferidos dos brasileiros na região. A ProColombia, agência de promoção turística da Colômbia, tem se aproximado das operadoras brasileiras.
Nella Airlines
A oferta de voos entre Brasil e outros países da região também tende a ser ampliada com novos players regionais. Controlada pelo brasileiro Mauricio Souza, a Nella Airlines espera operar no Brasil ainda neste semestre, após concluir processo de certificação na Anac (Agência Nacional de Aviação Civil.
A Nella já adquiriu a boliviana Amaszonas Línea Aérea e a venezuelana Albatros Airlines e está também em processos de certificação no Chile e Paraguai. No ano passado, a empresa fechou parceria com a Falcon Vision, companhia sediada na Arábia Saudita.
A parceria visa acelerar o crescimento dos negócios da Nella com investimento inicial da ordem de US$ 350 milhões, projetando 239 aviões na primeira fase, segundo a companhia aérea.
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A Nella diz, em nota, que será responsável por certificar, adquirir, estruturar, administrar e operar todas as empresas sujeitas ao acordo, numa interligação global aérea do Oriente Médio com a África, Ásia, Europa e América Latina.
A Falcon Vision é a responsável pela captação de recursos do Public Investiment Fund (PIF), criado em 1971 e considerado o maior fundo de investimentos públicos do mundo, comandado por Mohammad bin Salman, príncipe herdeiro da Arábia Saudita, atual ministro da defesa do país.
Quem também tem oferta de voos para a Colômbia é a Copa Airlines, que tem hub na Cidade do Panamá. A companha conecta oito cidades do país com 58 destinos em 28 países do continente por meio do Aeroporto Internacional de Tocumen.
Em dezembro, a Copa começou a voar para a cidade colombiana de Armênia, seu primeiro novo destino desde o início da pandemia. Declarada Patrimônio Mundial pela Unesco, em 2011, pela riqueza cultural e turística, a cidade de Armênia fica entre Bogotá, Medellín e Cali, na região cafeeira colombiana.
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