São Paulo — A sociedade do JPMorgan Chase, maior banco dos EUA, com o unicórnio C6 Bank começa a apresentar o primeiro efeito prático para os clientes brasileiros. A instituição financeira norte-americana entrou no varejo bancário do Brasil comprando uma fatia de 40% do neobanco comandado por Marcelo Kalim, CEO e um dos fundadores. Desde então, o negócio, anunciado no fim de junho de 2021, conseguiu as aprovações regulatórias e foi formalizado. Nesta sexta-feira (25), o C6 anunciou o primeiro benefício da aliança para os clientes: a possibilidade de usar os caixas eletrônicas do Chase no exterior.
O benefício é limitado aos clientes do C6 Bank com conta global com saldo em dólar ou em euro. A partir de hoje, eles podem fazer saques nos caixas eletrônicos do Chase. A rede de ATMs está disponível nos EUA e conta com mais de 16 mil unidades espalhadas pelo país.
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Para abrir uma conta global e emitir o cartão de débito internacional, o C6 Bank cobra uma tarifa de US$ 30 tanto para a versão em dólar quanto para a versão em euro. Esse valor é convertido em reais e descontado do saldo da conta corrente do cliente do C6 Bank no Brasil. Mas o cliente consegue zerar essa tarifa se tiver um cartão C6 Carbon ou investimentos a partir de R$ 20 mil em CDBs do C6 Bank, informa a assessoria do unicórnio.
O JP atua no segmento de varejo americano com a bandeira Chase, cuja plataforma digital de produtos bancários atende a mais de 55 milhões de clientes. Os ATMs do Chase integram a rede de terminais de autoatendimento da rede Cirrus, com mais de 2 milhões de unidades espalhados pelo mundo, segundo nota do C6.
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Segundo o banco digital brasileiro, clientes da conta global do C6 Bank podem usar qualquer ATM da rede Cirrus, com um limite de quatro retiradas diárias no valor máximo de US$ 500 ou € 500 por vez, a um custo de US$ 5 por saque e mais a tarifa cobrada pelo ATM local.
Nos caixas do Chase, essas cobranças deixam de existir, gerando uma economia de US$ 8,50 por saque, informa o C6. Nos primeiros meses, enquanto o serviço está sendo implementado, a taxa do C6 será debitada da conta do cliente a cada saque e estornada no dia seguinte, segundo o neobanco.
Para ter uma conta global, é preciso ser correntista pessoa física do C6 Bank, solicitar a abertura da conta internacional no próprio aplicativo do banco e realizar uma transferência de recursos em reais.
Para fazer a conversão da moeda brasileira para as versões estrangeiras, a referência que o banco usa é o de moeda comercial, cuja cotação é mais baixa que o papel vendido para turismo. As transações são feitas com base no IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) de 1,1% e spread de 2%.
No início do ano, a conta global do C6 Bank passou a oferecer ainda o recurso de transferência para outros países, permitindo que o correntista, em poucos passos, envie e receba dólares de qualquer conta bancária no exterior.
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