JSL cresce em 2021 e mira expansão internacional em 2022

Após bons resultados na América do Sul e na África do Sul, empresa vai manter estratégia de aquisições, que podem incluir outros continentes

JSL cresce em 2021 e já tem planos para novas aquisições em 2022, tanto no Brasil quanto no exterior
22 de Fevereiro, 2022 | 03:03 PM

Bloomberg Línea — Um ano após o processo de profissionalização da empresa, a JSL apresentou um lucro líquido de R$ 63,3 milhões no quarto trimestre do ano passado. O desempenho é 44,2% superior ao registrado no mesmo período do ano anterior, quando a empresa encerrou o ciclo com lucro líquido de R$ 36,4 milhões. A receita líquida de R$ 1,32 bilhão representou um crescimento de 62%, enquanto o Ebtida da empresa no quarto trimestre foi de R$ 220,2 milhões, 65,5% maior.

A estratégia de crescimento acelerado por meio de aquisições foi um dos pontos que contribuiu para o desempenho da empresa no quarto trimestre de 2021 e no acumulado do ano. As duas compras realizadas em 2020, com as três aquisições do ano passado, adicionaram à receita da empresa R$ 2 bilhões. “Tem muita coisa para acontecer este ano e muitas oportunidades já em pipeline”, disse à Bloomberg Línea Ramon Peres, CEO da JSL.

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No ano passado, a companhia iniciou suas operações na África do Sul. Esse foi o sétimo país que a empresa passou a atuar e a expectativa é que ao final de 2022 os resultados da operação na África do Sul sejam quatro vezes maiores. “Queremos ter uma receita em moedas diferentes ao real. Isso nos deixa menos expostos às oscilações do câmbio aqui no Brasil”, disse Peres.

Segundo o executivo, no pipeline de aquisições previstas para este ano estão negócios no Brasil que já estavam adiantados e devem ser fechados em breve, mas também aquisições no exterior. Entre as possibilidades estão oportunidades para negócios para além dos continentes onde a empresa já atua, mais especificamente a Europa.

Mesmo com perspectivas positivas e otimismo entre os clientes, a JSL não espera que 2022 seja um ano fácil. O ambiente externo ainda conturbado e um ano eleitoral tendem a manter os custos elevados e a inflação ainda fora do centro da meta. “Os custos ainda vão subir, mas já com um viés de queda. Em 2021, fomos pegos de surpresa, pois todos esperavam uma normalização das atividades. Agora estamos mais preparados”, afirma Peres.

A companhia inicia 2022 com cerca de R$ 4,1 bilhões em novos contratos firmados para serem executados ao longo dos próximos 42 meses e que foram fechados em 2021. Desse valor, cerca de 10% já foram contabilizados no ano passado e 75% foram de vendas realizadas dentro do próprio cliente.

Alexandre Inacio

Jornalista brasileiro, com mais de 20 anos de carreira, editor da Bloomberg Línea. Com passagens pela Gazeta Mercantil, Broadcast (Agência Estado) e Valor Econômico, também atuou como chefe de comunicação de multinacionais, órgãos públicos e como consultor de inteligência de mercado de commodities.