Bloomberg Línea — Após mercados acionários fechados ontem (21) nos Estados Unidos por conta do feriado, os futuros dos índices apontam para abertura em queda na manhã desta terça, com o temor por uma escalada da tensão entre Rússia e Ucrânia direcionando as negociações.
Enquanto isso, o Ibovespa (IBOV) deixa as preocupações geopolíticas de lado e prefere olhar para a alta do petróleo, que impulsiona os papéis da Petrobras (PETR4 e PETR3). Outras blue chips, como Itaú (ITUB4) e Vale (VALE3) também avançam e puxam o índice para cima. Eletrobras (ELET3) também é destaque de alta, em dia de Assembleia Geral Extraordinária que discutirá a privatização da companhia.
A União Europeia propôs um pacote inicial de sanções contra Moscou em resposta à decisão do presidente russo Vladimir Putin de reconhecer as regiões separatistas. Os embaixadores pertencentes ao grupo se reuniam para discutir um plano de sanções à Rússia, enquanto o chanceler alemão Olaf Scholz anunciou a suspensão da certificação do gasoduto Nord Stream 2, projeto russo que se estende por boa parte da Europa Ocidental. A questão agora é o que os EUA e seus aliados definiriam como uma invasão e o que poderia desencadear sanções maiores.
- Perto da 10h55, o Ibovespa subia 1,28%, a 113.151 pontos
- O dólar caía 0,92%, a R$ 5,06, assim como os vencimentos dos juros. O DI para janeiro de 2023 recuava de 12,375% para 12,335%
- Nos EUA, o futuro do Dow Jones caía 0,31%, do S&P 500, 0,06%, e do Nasdaq, 0,36%
Contexto externo
Os preços internacionais de commodities energéticas dispararam após Putin assinar uma ordem para enviar o que ele chamou de “forças de manutenção da paz” para duas áreas separatistas da Ucrânia, que ele reconheceu oficialmente na segunda-feira (21).
O barril de petróleo do tipo Brent se aproximou de US$ 100. Os preços de eletricidade e carvão avançaram na Alemanha. A decisão da Rússia é uma dramática escalada do impasse com o Ocidente em torno da Ucrânia. EUA e Reino Unido avisaram que devem anunciar novas sanções já nesta terça-feira.
O premiê alemão, Olaf Scholz, disse que orientou o Ministério da Economia do país a retirar um relatório sobre a segurança do abastecimento que é necessário para o processo de certificação do gasoduto Nord Stream 2 avançar.
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“Isso parece técnico, mas é a etapa administrativa necessária para que nenhuma certificação do gasoduto possa acontecer agora”, disse Scholz a repórteres em Berlim. “Sem esta certificação, o Nord Stream 2 não pode entrar em operação.”
(Com informações de Bloomberg News)
