Bloomberg Línea — A BRF (BRFS3) encerrou o quarto trimestre do ano passado com um lucro líquido de R$ 932 milhões. O desempenho representa um crescimento de 3,3% em comparação ao mesmo período do ano anterior, quando o resultado ficou positivo em R$ 902 milhões.
A receita trimestral manteve a trajetória ascendente dos trimestres anteriores e encerrou o último período de 2021 em R$ 13,72 bilhões, com crescimento de 19,6%. Operacionalmente os resultados também continuaram a melhorar.
O Ebitda do quarto trimestre foi de R$ 1,68 bilhão, 6,3% maior que o quarto trimestre de 2020, acumulando o quarto ciclo consecutivo de crescimento.
Com os resultados do último trimestre do ano passado, a BRF interrompeu uma sequência de prejuízos. No segundo e no terceiro período do ano passado, a empresa acumulou perdas de R$ 517 milhões que, descontado o modesto lucro de R$ 22 milhões do primeiro trimestre, encerraria o ano no vermelho.
Com o desempenho do último período do ano passado, a BRF fecha 2021 com um lucro de R$ 437 milhões. O desempenho representa uma queda de 68,5% em comparação a 2020.
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No último trimestre do ano, os resultados da Ásia e do Brasil impediram que o desempenho da empresa fosse melhor. A queda nas exportações brasileiras e o aumento do volume disponível no mercado interno pressionaram as margens da companhia, que permaneceu influenciada pela valorização dos preços dos grãos. Na China, a recuperação da produção local e as dificuldades logísticas ainda encontradas, também contribuíram para contrair as margens.
O resultado trimestral ocorre em meio a possíveis mudanças que podem acontecer a partir da próxima assembleia de acionistas, marcada para o próximo dia 28 de março.
Hoje, a Marfrig (MRFG3), maior acionista da BRF, apresentou uma chapa para concorrer na próxima eleição do conselho de administração, propondo a substituição de 80% dos integrantes, incluindo o presidente e o vice.
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