Bloomberg — O presidente russo, Vladimir Putin, assinou um decreto reconhecendo as autoproclamadas Repúblicas Populares de Donetsk e Luhansk, regiões separatistas no leste da Ucrânia. A medida deve trazer um novo impasse nas negociações de paz mediadas pela Europa, além de aumentar ainda mais as tensões com o Ocidente.
Mais cedo, Putin disse ao presidente francês Emmanuel Macron e ao chanceler alemão Olaf Scholz sobre sua intenção de assinar o decreto.
A fala ocorre em meio a um cenário de maior preocupação com o acúmulo de tropas russas perto da Ucrânia, mesmo quando Moscou continua negando seus planos de invasão.
O discurso de Putin
- Entendemos que uma maior expansão da OTAN é uma questão de tempo
- Os centros de treinamento da OTAN estabelecidos na Ucrânia equivalem a bases militares
- A admissão da Ucrânia na OTAN é uma ameaça direta à segurança da Rússia
- A Constituição da Ucrânia proíbe bases militares estrangeiras em seu território
- Todas essas ações são um pretexto para que os soldados da OTAN sejam enviados para a Ucrânia rapidamente
- Os EUA e a OTAN declararam abertamente a Ucrânia um teatro de guerra
- Nos últimos meses, a Ucrânia foi inundada com armas ocidentais
- Armas nucleares estão sendo usadas para se preparar para um ataque à Rússia
- A Ucrânia é uma colônia dos EUA com um regime fantoche
- A Ucrânia não conseguiu alcançar um estado estável e teve que depender de países externos, como os EUA
- As autoridades da Ucrânia foram infectadas com um vírus de nacionalismo e corrupção.
- Estamos prontos para demonstrar como é a verdadeira descomunização
- A Rússia comunista criou a Ucrânia moderna
- A Ucrânia é uma parte importante da nossa história
- A situação no leste da Ucrânia é crítica novamente
O que está acontecendo na Ucrânia
Iniciativas diplomáticas de diálogo continuam tentando evitar um possível conflito, embora esses esforços tenham sofrido um revés nesta segunda-feira, quando Moscou disse que “não havia planos concretos” para uma cúpula entre Putin e o presidente dos EUA, Joe Biden, questionando uma proposta francesa divulgada horas antes.
Mais cedo, militares russos disseram que mataram cinco “sabotadores” e destruíram dois veículos blindados ucranianos que, segundo eles, cruzaram seu território. Kiev negou a informação.
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