Bloomberg — A AstraZeneca divulgou dados de um estudo em estágio final mostrando que seu medicamento Enhertu ajuda pacientes com um tipo de câncer de mama a viver mais, potencialmente expandindo as opções de tratamento para a doença.
O Enhertu aumentou as taxas de sobrevida em pacientes com câncer de mama metastático e não-ressecável com baixo HER2, informou a farmacêutica do Reino Unido na segunda-feira (21). É a primeira vez que essa terapia mostra um benefício em pacientes com essa forma de câncer de mama, disse a AstraZeneca.
As ações subiram até 2,2% no início das negociações em Londres.
Os resultados “podem reformular a forma como o câncer de mama é classificado e tratado”, escreveu Susan Galbraith, vice-presidente executiva de pesquisa e desenvolvimento em oncologia da empresa, no comunicado.
O Enhertu é a última geração de uma família de tratamentos que atacam tumores portadores da proteína ligada ao câncer chamada HER2. Em 2019, a AstraZeneca decidiu fechar um negócio com a japonesa Daiichi Sankyo no valor de até US$ 6,9 bilhões. A empresa está avaliando seu potencial no tratamento de câncer gástrico, pulmonar, colorretal e outros.
O tratamento demonstrou uma melhora significativa na sobrevida livre de progressão - uma medida de quanto tempo um paciente pode viver sem que a doença piore - bem como na sobrevida global, afirmou a empresa. O perfil de segurança do Enhertu foi consistente com os ensaios clínicos anteriores, sem novas preocupações identificadas, disse a empresa.
Os dados serão apresentados em uma próxima reunião médica e compartilhados com as autoridades globais de saúde.
Em setembro, a Astra divulgou dados mostrando que o Enhertu tinha uma vantagem significativa sobre o Kadcyla, da Roche, ao manter vivas as pacientes com câncer de mama sem que seus tumores piorassem.
– Esta notícia foi traduzida por Marcelle Castro, Localization Specialist da Bloomberg Línea.
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