Bloomberg — Os preços do petróleo caminhavam para uma perda semanal com investidores avaliando a crise na Ucrânia e a possibilidade de que o acordo nuclear do Irã possa ser revivido.
O West Texas Intermediate (WTI) caiu abaixo de US$ 90 por barril, estendendo o recuo de 2% de quinta-feira (17). O índice de referência de petróleo dos EUA está a caminho do primeiro declínio semanal deste ano, encerrando uma série de ganhos de oito semanas.
Depois que os EUA aumentaram os alertas nos últimos dias de um possível ataque russo à Ucrânia, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, concordaram em se reunir para conversas na próxima semana. Moscou disse que não tem planos de atacar seu vizinho menor.
O petróleo permanece próximo do maior nível desde 2014, após um rali sustentado por uma demanda crescente, oferta restrita e estoques em declínio. A estrutura de preços do mercado ainda aponta para uma demanda robusta por barris físicos, com traders dispostos a pagar prêmios altos por suprimentos de curto prazo.
Há especulações crescentes de que o acordo nuclear do Irã pode ser revivido, potencialmente abrindo caminho para a remoção das sanções dos EUA às exportações de petróleo do país. No início desta semana, o principal negociador de Teerã, Ali Bagheri Kani, twittou que os esforços para restaurar o acordo estão “mais próximos do que nunca” de um acordo.
“A crise da Ucrânia está ficando em segundo plano diante da perspectiva de barris iranianos inundando o mercado”, disse Stephen Brennock, analista da corretora PVM Oil Associates. “Apesar de toda a conversa sobre guerra e conflito, os participantes do mercado ainda não estão convencidos. Talvez seja por isso que o prêmio de risco geopolítico está começando a diminuir”.
Preços do petróleo
- O WTI para entrega em março caía 2%, a US$ 89,92 por barril, às 7h46, horário de Brasília
- O Brent para liquidação de abril recuava 1,7%, para US$ 91,40 o barril
As questões em torno do acordo nuclear do Irã devem ser discutidas em uma importante reunião de segurança transatlântica em Munique neste fim de semana. A suspensão das sanções sobre os embarques de petróleo do produtor do Golfo Pérsico seria uma fase posterior do acordo, informou a Reuters, citando um rascunho de texto e diplomatas não identificados.
Mais notícias do petróleo
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