Bloomberg Línea — Líder nas pesquisas de intenção de voto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) opôs-se publicamente à privatização da Eletrobras (ELET3). Lula fez um apelo aos “empresários sérios” para que não entrem num processo de privatização da companhia em ano eleitoral.
A declaração ocorreu um dia após o processo de privatização ter dado mais um passo, com a aprovação pelo TCU (Tribunal de Contas da União), dos estudos técnicos sobre a operação.
POR QUE ISSO É IMPORTANTE: Ontem o TCU (Tribunal de Contas da União) aprovou os estudos técnicos para a desestatização da holding que controla as estatais federais de energia. Seis ministros do tribunal votaram a favor da proposta do governo, já aprovada pelo Congresso. Um foi contrário.
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Por causa do aval do tribunal, as ações da estatal tiveram um salto de mais de 6% no pregão de ontem. Hoje, a ação com direito a voto chegou a ser negociada a R$ 36,40, hoje às 11h15. Às 17h40, Elet3 estava em R$ 35,16, queda de 0,95%.
CONTEXTO: Lula tem reiterado a posição contrária à privatização da Eletrobras, desenhada pelo governo Bolsonaro. Na visão do petista, é importante o Estado manter o controle da empresa para executar políticas, como o programa Luz para Todos, de universalização do acesso à energia elétrica.
Em um discurso por ocasião do aniversário do PT, em 10 de fevereiro, Lula defendeu que a Petrobras e a Eletrobras devem “voltar a ser patrimônio do povo brasileiro”. Na últimas seis semanas, Lula tem reiterado em diferentes entrevistas que as políticas do atual governo para preços administrados – como combustíveis e energia elétrica – são responsáveis pela alta da inflação.
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