Como será a nova classe executiva dos aviões na era da pandemia?

Novos assentos terão barreira anticovid e mais espaço para ombros e pernas

As novas poltronas da classe executiva da Recaro têm paredes divisórias e portas fechadas (Divulgação/Recaro Aircraft Seating GmbH)
Por Angus Whitley
16 de Fevereiro, 2022 | 03:19 PM

Bloomberg — A próxima geração de assentos da classe executiva de aviões virá com portas e paredes divisórias, ajudando os passageiros preocupados com o coronavírus a se protegerem de outros viajantes.

O novo assento, que o fabricante Recaro Aircraft Seating GmbH lançará em junho, também dará aos passageiros mais espaço para ombros e pernas, disse o CEO Mark Hiller em entrevista ao Singapore Airshow. Com a porta fechada e a parede estendida, o assento torna-se efetivamente uma cabine fechada.

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Hiller disse que a pandemia acelerou a preferência entre companhias aéreas e passageiros por assentos que proporcionem maior isolamento. Mesmo o mais novo assento econômico premium da Recaro tenta atingir esse objetivo com um apoio de cabeça que a envolve mais, segundo ele.

“O desafio é realmente projetar algo que lhe dê privacidade, mas não crie uma sensação claustrofóbica”, disse Hiller.

A Recaro, que tem Emirates, Air France-KLM e Cebu Pacific entre clientes, já recebeu pedidos para o novo assento da classe executiva, que custa mais de 100 mil euros (US$ 113 mil) cada, disse Hiller.

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A montagem da porta, que é feita de fibra de carbono no padrão honeycomb, representou um desafio porque acrescentou peso e deve abrir mesmo após um pouso forçado, disse Hiller. Foi aprovada pelos reguladores dos EUA e da Europa, disse ele.

As companhias aéreas que retomaram os serviços após o pico da pandemia viram uma demanda crescente por assentos em cabines premium, onde os passageiros ficam menos aglomerados. Isso levou as empresas a focar mais nessas seções, que normalmente são mais lucrativas.

Mark Hiller, da Recaro Aircraft Seating: “As pessoas querem ir de A a B pelo menor preço ou querem algo extraordinário”

Hiller disse que a diferença de conforto entre as classes econômica e premium está aumentando.

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“Há uma polarização”, disse Hiller. “As pessoas querem ir de A a B pelo menor preço ou querem algo extraordinário.”

Os assentos mais baratos estão ficando mais simples e algumas companhias aéreas estão pedindo à Recaro para entregá-los sem sistemas de entretenimento a bordo para economizar espaço e peso, segundo ele.

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