Bloomberg — O petróleo recuou da maior alta desde 2014, com os traders avaliando um possível arrefecimento na crise ucraniana.
Os futuros do Brent caíram até 2,1%, sendo negociados abaixo de US$ 95 por barril, enquanto os futuros de Nova York também caíram. Algumas unidades militares russas começarão a retornar às suas bases permanentes nesta terça-feira (15) após a conclusão dos exercícios, informou a Interfax, citando o Ministério da Defesa.
O petróleo tem oscilado descontroladamente esta semana em meio a uma enxurrada de notícias sobre as tensões sobre a Ucrânia. Embora os Estados Unidos tenham alertado que uma invasão pode ser iminente, Moscou agora está pedindo uma abordagem diplomática e negou repetidamente que planejasse um ataque.
O mercado de petróleo subjacente é um dos mais fortes em anos. A S&P Global Platts avaliou o preço do Dated Brent, que valoriza mais da metade do petróleo mundial, em mais de US$ 99 na segunda-feira (14). Os indicadores de força do mercado ao longo da curva de futuros estão sendo negociados em alguns de seus níveis mais firmes já registrados, à medida que a oferta luta para acompanhar a demanda crescente.
“A única coisa em que o mercado está realmente focado no momento é Rússia-Ucrânia”, disse Warren Patterson, chefe de estratégia de commodities da ING Groep NV. “Portanto, os desenvolvimentos nessa frente serão cruciais para a direção dos preços.”
Preços:
- O WTI para entrega em março caía 3,1%, para US$ 92,46 por barril, às 10h41 em Londres (7h41 do horário de Brasília)
- O Brent para liquidação de abril caía 2,8%, a US$ 93,77 o barril.
A queda dos estoques foi um dos principais impulsionadores dos ganhos recentes e, ainda na terça-feira, o American Petroleum Institute, financiado pela indústria, divulgará estimativas para mudanças nas participações nos EUA. Os estoques no principal centro de armazenamento em Cushing, Oklahoma, afundaram nas últimas cinco semanas, segundo dados do governo.
Ainda nos EUA, os produtores continuam aumentando a oferta à medida que o petróleo salta. A produção da Bacia Permiana da América subiu para um recorde pelo terceiro mês consecutivo em janeiro, chegando a 5 milhões de barris por dia, segundo dados da Energy Information Administration.
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