Bloomberg — O banco central da China intensificou o apoio à economia ao injetar dinheiro por meio de empréstimos pelo segundo mês consecutivo.
O Banco Popular da China injetou 100 bilhões de yuans líquidos (US$ 15,7 bilhões) no sistema bancário com sua linha de crédito de médio prazo, mantendo a taxa de empréstimo inalterada.
Os bancos chineses estenderam em janeiro um valor recorde de empréstimos depois que o PBOC reduziu, no mês passado, os custos de crédito pela primeira vez desde 2020. O movimento mais recente pode impulsionar ainda mais uma economia que enfrenta ventos contrários por causa de repetidos surtos de covid, uma desaceleração no setor imobiliário e sinais de fraca demanda doméstica.
“Isso envia o sinal do PBOC de que ainda está disposto a manter as condições de liquidez bastante amplas e as taxas de mercado em um nível relativamente baixo para apoiar a demanda por crédito”, disse Xiaojia Zhi, economista do Credit Agricole CIB em Hong Kong. “Há espaço para mais ações de política no primeiro semestre, incluindo cortes de TRR e taxas de juros, uma vez que as pressões de crescimento permanecem, especialmente no setor imobiliário e relacionadas à demanda de consumo privado.”
A maioria dos economistas argumentou que o PBOC pode esperar e ver se as medidas de flexibilização anteriores estão surtindo efeito, com a forte expansão do crédito em janeiro vista como um sinal positivo.
Em janeiro, o banco central cortou a taxa de seus empréstimos de política de um ano em 10 pontos base, para 2,85%, a primeira redução desde abril de 2020. Também injetou 200 bilhões de yuans líquidos em empréstimos de médio prazo no sistema bancário.
Dezesseis dos 27 economistas consultados pela Bloomberg viram o banco central mantendo inalterada a taxa de juros de seus empréstimos de um ano. Seis deles esperavam um corte de 10 pontos básicos e outros cinco previam uma redução de 5 pontos.
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