Wall Street acelera retorno de funcionários aos escritórios

Funcionários do Citigroup na região da cidade de Nova York foram informados que deveriam se preparar para voltar nesta segunda

Nova York tem mais influência no retorno de funcionários de escritório do que praticamente qualquer outra cidade dos EUA
Por Jenny Surane
14 de Fevereiro, 2022 | 12:22 PM
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Bloomberg — Os executivos de Wall Street estão tentando mais uma vez trazer funcionários de volta ao escritório. Desta vez, eles esperam que funcione.

À medida que os casos da variante ômicron recuam e amplas faixas da força de trabalho do setor estão vacinadas, inclusive com doses de reforço, gigantes financeiros, incluindo Citigroup (C) e JPMorgan (JPM) começaram a trazer mais funcionários de volta para os arranha-céus de Nova York. Mesmo depois de fracassadas tentativas nos últimos dois anos, as empresas esperam que tenha havido progresso suficiente para que seja improvável um retorno ao trabalho remoto em grande escala.

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“Salvo outra variante ou uma reversão na recuperação da Covid, acho que o final de março será um verdadeiro ponto de virada”, disse Kathryn Wylde, presidente e diretora executiva da Partnership for New York City.

Os funcionários do Citigroup na região da cidade de Nova York foram informados que deveriam se preparar para voltar nesta segunda-feira, enquanto a presença nos escritórios do JPMorgan, Goldman Sachs (GS) e Bank of America (BAC) tem aumentado constantemente nas últimas semanas. A American Express está planejando trazer mais trabalhadores para sua torre em 1º de março, depois de atrasar esse processo várias vezes no outono e no inverno. E o Wells Fargo (WFC) disse quarta-feira que planeja trazer os funcionários de volta ao escritório em meados de março, depois que os planos de retorno da empresa foram repetidamente alterados no ano passado devido aos surtos de Covid-19.

Presença nos escritórios

Na quarta-feira passada, a governadora Kathy Hochul anunciou que o estado retiraria a obrigatoriedade uso de máscaras para a maioria das empresas, alimentando a esperança de que Nova York começaria a se parecer um pouco mais com o que era antes. Outros estados, incluindo Nova Jersey e Califórnia, fizeram movimentos semelhantes.

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Nova York tem mais influência no retorno de funcionários de escritório do que praticamente qualquer outra cidade dos EUA. A cidade tem mais de 10% do estoque total de escritórios do país, de acordo com analistas do UBS Group (UBS).

A frequência ao escritório despencou para cerca de 10% no final de dezembro e voltou lentamente, com mais de um quarto dos trabalhadores agora de volta, de acordo com dados compilados pela empresa de segurança Kastle Systems.

“A decisão da governadora Hochul de permitir o fim da obrigatoridade das máscaras no local de trabalho incentivará o retorno dos funcionários ao escritório e acelerará a recuperação econômica da cidade”, disse Wylde.

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Mais de 60% dos empregadores de Manhattan acreditam que sua frequência diária no escritório excederá 50% até o final do primeiro trimestre, de acordo com pesquisa feita em janeiro pela Partnership for New York City.

Preocupações com a segurança

Nomes de peso da indústria, como o CEO do JPMorgan Jamie Dimon, David Solomon do Goldman e Jane Fraser do Citigroup assinaram na semana passada uma carta aberta apoiando os esforços do prefeito Eric Adams para melhorar a segurança na cidade.

O crime e a qualidade de vida pioraram durante a pandemia, disseram os CEOs na carta assinada por cerca de 200 líderes empresariais, acrescentando que “Nova York não pode se recuperar dos impactos devastadores da pandemia sem primeiro restaurar a sensação de segurança pessoal.”

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