Bloomberg — A BlackRock, maior gestora de recursos do mundo, está ampliando a oferta de produtos que dão a investidores brasileiros acesso a alguns de seus principais fundos de índice (ETF), à medida em que estratégias baseadas em índices ganham tração no país.
A BlackRock disponibilizará seis ETFs de renda fixa listados nos EUA para investidores locais por meio de Brazilian Depositary Receipts (BDRs) emitidos pela B3, segundo Karina Saade, CEO da BlackRock no Brasil. Assim, o total de BDRs ligados a ETFs da gestora norte-americana sobe para 80.
A gestora tem visto “sinais promissores” no Brasil e acredita no potencial de crescimento do mercado de ETFs independentemente “de governo ou cenário macroeconômico”, disse Saade, em entrevista. “O investidor brasileiro já despertou para o momento de diversificação de carteira, é uma tendência estrutural, e isso não vai mudar.”
A indústria brasileira de ETFs cresceu cerca de 42% nos últimos dois anos para mais de R$ 41 bilhões, de acordo com a Ambina. Contudo, dos R$ 6,9 trilhões investidos em fundos, apenas 0,6% estão em ETFs.
Há menos de dois anos, os reguladores começaram a permitir a criação de BDRs listados localmente vinculados a ETFs no exterior, criando um mecanismo mais fácil de listagem cruzada dos fundos, e também permitiu que investidores de varejo comprassem BDRs pela primeira vez. O número de investidores pessoa física investindo em ETFs subiu de 239 mil em 2020 para 500 mil em 2021, segundo Luís Kondic, diretor da B3.
Saade, que assumiu como chefe para Brasil da BlackRock em julho, disse que, em um primeiro momento, a gestora está focando em BDRs atrelados a ETFs de títulos públicos, mas quer expandir para outros tipos de ativos de renda fixa. Eventualmente, a ideia também é disponibilizar para os brasileiros ETFs listados em bolsas fora dos Estados Unidos.
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